A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 começa a ouvir nesta terça-feira (4) os depoimentos de ex-ministros da Saúde na gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Os dois primeiros a falar aos senadores serão Luiz Henique Mandetta, às 10h, e Nelson Teich, a partir das 14h.
A convocação dos ministros atende uma série de requerimentos aprovados na semana passada. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos pedidos. Segundo eles, os depoimentos dos ex-ministros devem ajudar a esclarecer se o Brasil poderia ter tomado outro rumo no enfrentamento a pandemia e freado o número de mortes.
A ideia dos senadores é que uma ordem cronológica seja empregada para a seleção e convite dos depoentes. Nesse sentido, seriam ouvidos posteriormente Eduardo Pazuello – que esteve por mais tempo no comando do ministério da Saúde desde que a pandemia começou – e por fim, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Pazuello falará na quarta-feira (5), enquanto Queiroga deverá prestar esclarecimentos na quinta-feira (6).
Formalmente, os quatro nomes serão ouvidos como testemunhas, não como investigados.
O depoimento de Mandetta, que além de crítico a Bolsonaro é cogitado por alguns como parte da disputa presidencial de 2022, é visto como decisivo para os rumos da CPI.
Mandetta foi exonerado em 16 de abril de 2020, após polêmicas sobre a política de distanciamento social, questão rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Com informações da Agência Senado