A possível existência de um “ministério paralelo” da Saúde é um dos focos de investigação da CPI da Covid. O chamado gabinete paralelo teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro sobre ações para lidar com a pandemia. A médica Nise Yamaguchi é apontada como uma das integrantes e presta depoimento à CPI nesta terça-feira (1º).
Lista apresentada por Renan Calheiros dos supostos integrantes do gabinete paralelo:
- Vereador Carlos Bolsonaro;
- Deputado federal Osmar Terra (MDB-RS);
- Médico Luciano Azevedo;
- Empresário Carlos Wizard;
- Ex-ministro da Educação Abraham Weintraub;
- Médica Nise Yamaguchi.
CPI da Covid começa a ouvir integrantes do Gabinete Paralelo
“Nós já temos provas fortes, evidências também da participação de algumas pessoas no gabinete paralelo. Em circunstâncias variadas, colhidas aqui nessa comissão parlamentar de inquérito. Por exemplo, nós já sabemos da participação do vereador Carlos Bolsonaro, do deputado Osmar Terra, do Luciano Azevedo, do Carlos Wizard, do Abraham Weintraub no aconselhamento do presidente da república, da senhora [ Nise Yamaguchi] também”, disse Renan.
Questionada por Renan se seria possível apontar outros integrantes do gabinete paralelo, Yamaguchi disse que desconhecia a existência do assessoramento.
“Senhor, senador, eu reitero a importância de caracterizar que eu desconheço a existência de um gabinete paralelo, caso ele exista. Então, eu não teria nem como enunciar pessoas que participem, eu não tenho como. “Eu não entendo aonde o senhor deseja chegar, porque na realidade eu só participo como consultora individual”, afirmou a médica.
Nise Yamaguchi é a 11ª pessoa a ser ouvida pela comissão. O depoimento inaugura a fase de oitiva de profissionais da área e pesquisadores.
Diferentemente das pessoas já ouvidas, Nise Yamaguchi foi convidada, não convocada. Assim, não seria obrigada a comparecer à CPI nem a falar a verdade. No entanto, a médica prestou o compromisso de dizer a verdade no início da sessão