Relator não mandou para a Justiça Eleitoral apenas um, mas todos os processos da Calvário que estavam sob sua relatoria


Ao contrário do que foi noticiado por alguns portais de João Pessoa, o desembargador relator da Calvário, Ricardo Vital, não remeteu à Justiça Eleitoral apenas um processo específico, mas todos os que estavam sob sua relatoria.

A decisão é clara :

Foram encaminhados para a Justiça Eleitoral Todos os feitos daquela relatoria ( o que inclui processos de competência do TJ PB , com os casos da “denúncia mãe” com 34 denunciados , outros processos que tem denunciados com prerrogativa de foro , cautelares e investigações diversas que estavam no TJ).

Mas ainda que o desembargador tivesse enviado apenas a denúncia do crime de ORCRIM ( que tem 34 denunciados ) ao Eleitoral , ainda assim a consequência prática e natural seria acompanhar as demais ( hoje 22 denúncias ) porque o que atrai a competência à Justiça Eleitoral não é o tipo de crime ( ou tipificação penal ) que o MP descreve na denúncia , mas a moldura fática , as provas , os motivos dos supostos crimes , as falas dos delatores .

Em análise a Delação de Daniel Gomes , ele descreve e fala mais de 63 vezes em dinheiro e ajuda para campanhas desde 2010 .

Os demais delatores relataram dezenas de vezes que os supostos desvios iriam para as campanhas de prefeitos , deputados , governo , e até vereadores.

E basta apenas um único crime pra tudo ter que ser processado na Justiça Eleitoral .

E é justamente nos crimes autônomos da suposta ORCRIM que estão os fatos relacionados a crimes eleitorais.

Assim , fácil é ver que tanto nos fatos da denúncia de ORCRIM quanto nos das demais denúncias separadas dos crimes autônomos, a palavra de ordem , a moldura fática ..sempre se revolve em torno do mundo dos crimes eleitorais nominando políticos que hoje estão no poder e estão caladinhos.

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