A notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ajuda a Joe Biden contra a candidatura de Lula deixou os aliados do petistas inconformados. Em uma reunião particular com o presidente americano, Bolsonaro teria dito que se eleito, Lula atrapalharia os interesses dos Estados Unidos, de acordo com a agência de notícias americana Bloomberg.
Duas fontes da diplomacia brasileira confirmaram ao jornalista Jamil Chade, do Uol, que essa solicitação foi feita. A reunião ocorreu em decorrência da viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse à coluna do jornalista Chico Alves, do Uol, que tanto na legislação brasileiro quanto na americana, o atual presidente deveria ser afastado do cargo imediatamente e responder por traição à pátria. Rodrigues alegou que isso não deve ocorrer porque Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Augusto Aras, procurador-geral da República, compactuam com Bolsonaro.
Randolfe afirma que dará entrada em notícia-crime contra Bolsonaro, solicitando investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também disse que “cabe mais um pedido de impeachment”.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, declarou que é humilhante para o Brasil ter um presidente assim. “Despreza a soberania popular. O que está negociando o vadio Bolsonaro em troca desse apoio?”, questiona ela. “É a síndrome de vira-lata elevada à enésima potência, uma vergonha ter um presidente que suplica aos americanos por um golpe”, disse ao Uol.
Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que também é aliado de Lula, concluiu que a atitude de Bolsonaro representa desespero.
De acordo com pessoas que estiveram presentes na reunião, Biden mudou de assunto quando presidente brasileiro requisitou ajuda contra o petista. Procurados pela imprensa americana, nem o governo brasileiro e nem o americano comentaram a informação.