EDMILSON LUCENA
Entra eleição, sai eleição – e duas lendas continuam inabaláveis. Uma é a de que o horário gratuito é uma enganação. Outra é a de que o eleitor não dá a mínima para os partidos. A persistência desses clichês, apesar do acúmulo de evidências em contrário, parece dar razão aos que acham que, sendo as mentalidades o que são, o ditado certo é o que põe de ponta-cabeça a forma original: contra argumentos não há fatos.
No caso da propaganda no rádio e na TV, os fatos conhecidos não batem com a visão preconcebida – ou preconceituosa – de que ela afeta perversamente o voto popular, ao mistificar um público tosco o bastante, em geral, para aceitar pelo valor de face as patranhas que os marqueteiros lhe infligem. Isso, segue o raciocínio, quando o eleitor lhes dá trela, em vez de fazer qualquer outra coisa naquele período, o que seria, afinal, a atitude da grande maioria.
Na realidade, parcela do eleitorado suficientemente ampla para fazer diferença, porque repassa as suas impressões aos desligados, conta com o horário político para balizar as suas decisões e não se deixa levar por pirotecnias de imagem – acostumada que está a identificá-las na programação normal. Além disso, as pesquisas para uso interno das campanhas indicam que a audiência quer menos blablablá e mais propostas terra-a-terra, um sinal eloqüente de amadurecimento.
Quando atendido, o espectador considera que o candidato se dirige a ele diretamente, presta atenção no que ouve e faz comparações – o que o induz a manter ou mudar a sua intenção de voto, se é que já tinha. O horário gratuito, pois, é uma fonte decisiva de informações.
CURIOSIDADES DA POLÍTICA
Você sabia…
… que um motorista do Senado ganha mais para dirigir o automóvel funcional de um Senador, do que um oficial da Marinha ganha para pilotar uma fragata de algumas centenas de milhões de dólares?
… que um ascensorista da Câmara Federal, ganha bem mais para “pilotar” os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que precisa de anos de treinamento para pilotar um caça Mirage?
… que um “diretor” que comanda a garagem do Senado, ganha muito mais do que um Oficial-General do Exército, que comanda todo um regimento de veículos blindados?
… que um “diretor sem diretoria” (deve ser back-up de diretor…) do Senado, ganha mais do que o dobro do que recebe um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e com prestígio internacional? Talvez seja pela grande responsabilidade envolvida, em zelar pelo bem estar e pela segurança dos nossos “Pais da Pátria”.
Sabe quem os paga???
VOCÊ!!!
Reflita e cogite um mundo futuro para seus filhos, mudando o sistema com seu voto consciente!!!