Vereadores de João Pessoa debatem sobre atual conjuntura política do Brasil

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (8), os vereadores debateram sobre a atual conjuntura política do Brasil. O vereador Marcos Henriques (PT) questionou as ações, ao a falta delas, do atual Governo Federal. Já a vereadora Eliza Virgínia (PP) rebateu as críticas elencando medidas da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Os arautos da moralidade são corruptos, bandidos que colocaram na cadeia um homem honesto, contra quem nada se provou. Vemos diariamente o achincalhamento do nosso país, internacionalmente, com as sandices ditas por esse presidente, que cessou a distribuição de diversos medicamentos importantes para nossa população, que eram distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Muita gente está morrendo. Esse é um governo de morte! A ficha está caindo, e muitos que antes defendiam esse governo estão acordando”, refletiu Marcos Henriques.

O petista alegou que, na gestão do Governo Federal anterior, os institutos nacionais tinham total liberdade para distribuir suas informações. Segundo ele, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) não sofriam ingerência. Para ele, atualmente o país vive sob um regime de exceção, no qual a liberdade de expressão está sucumbindo.

“Falam de geração de emprego e renda, mas não esclarecem que são empregos de péssima qualidade, com a informalidade aumentando cotidianamente pelo Brasil. O trabalhador está precisando escolher entre ter emprego ou ter direito”, lamentou o vereador.

De acordo com o parlamentar, quando o PT assumiu o governo o Brasil era a sétima economia do mundo, ao final da gestão petista era a sexta, se encaminhado para a quinta. Para ele, os investidores não estão aplicando no Brasil por falta de segurança jurídica, “porque o judiciário participou de uma farsa”. “Somos favoráveis a todo tipo de combate à corrupção. Mas, para se debater sobre corrupção, precisamos falar de forma geral, elencando os partidos do centrão, que estão entre os mais corruptos. Os Progressistas estão entre os mais indiciados na Operação Lava Jato, o presidente do DC está sendo investigado por enriquecimento ilícito, e prendem Lula, contra quem nenhuma ilicitude foi provada”, protestou.

Parlamentar rebate críticas

A vereadora Eliza Virgínia usou a tribuna para rebater o pronunciamento de Marcos Henriques. A parlamentar iniciou seu pronunciamento lendo trechos do depoimento do ex-ministro do Governo Lula, Antônio Palocci, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no qual ele revela esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas advindas de investimentos da ordem de R$ 500 bilhões para países “esquerdistas”. De acordo com ela, o valor era destinado para a construção de portos, estradas e ferrovias em países como Cuba, Equador, Venezuela e Moçambique, mas, na verdade, os investimentos serviam para lavar dinheiro e obter propinas.

Eliza Virgínia defendeu que o atual Governo Federal colocou gestores técnicos nos ministérios, ao invés de políticos. A parlamentar elencou diversas ações realizadas, como a redução em torno de 4 mil por cento das invasões de terras; a aprovação do projeto de lei da “liberdade econômica” (Reforma Trabalhista); a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); a destinação de R$ 4 milhões para a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), para adutoras; a construção da Ferrovia Norte-sul; e a motorização da Polícia Militar da Paraíba (PMPB).

A parlamentar ainda rebateu as afirmações de Marcos Henriques sobre a geração de emprego e renda no atual Governo Federal. “Não acredito que ouvi petista dizer que não gosta de criação de emprego. São 408 mil vagas com carteira assinada criadas no país. É melhor ter salário do que não ter. É melhor ter aposentadoria do que não ter nenhuma”, defendeu Eliza.

Apartes

O vereador Carlão (DC) afirmou que o ex-presidente Lula é um líder político condenado nas três instâncias e o classificou como “bandido contumaz”. “Falta lucidez e lembrança ao PT, que saqueou o país”, declarou. Já a vereadora Sandra Marrocos (PSB) se disse estarrecida com a defesa de um Governo (Bolsonaro) desumano, incompetente e inconsequente. Tibério Limeira (PSB) comentou que existe uma exaltação à mediocridade intelectual de um governante do “mais baixo nível, chefe de milícia”.

João Almeida (Solidariedade) defendeu que a Operação Lava Jato foi a maior força tarefa contra a corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil. “Reconheço que muito dinheiro foi recuperado, mas preciso saber porque o maior líder político do mundo na atualidade, Luís Inácio Lula da Silva, está preso, pela reforma de uma cozinha em um apartamento que não é dele. Não entra na minha cabeça”, refletiu.

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