Operação também apreendeu cerca de uma tonelada de alimentos destinados a garimpeiros que atuam ilegalmente em reserva indígena
Operação de repressão ao garimpo em terras yanomamis destruiu um avião, um trator, combustível e equipamentos de uso na atividade;
Território indígena está em emergência de saúde pública em decorrência de crise sanitária e humanitária enfrentada por yanomamis;
A ação ainda apreendeu armas e embarcações com toneladas de alimentos e itens para uso dos garimpeiros.
Uma operação de repressão ao garimpo na Terra Indígena Yanomami, realizada nesta quarta-feira (8), destruiu um avião, um trator de esteira e diversos equipamentos que estruturavam a atuação ilegal de garimpeiros na região.
A ação, realizada por força-tarefa do governo federal, ainda apreendeu duas armas e três barcos que armazenavam 5 mil litros de combustível. As embarcações ainda eram utilizadas para armazenar cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores de energia e antenas de internet. O material seria levado para os acampamentos irregulares. Ainda não há informações sobre presos, de acordo com o portal G1.
O território Yanomami está em emergência de saúde pública desde o dia 20 de janeiro. Indígenas yanomamis enfrentam uma crise sanitária e humanitária, com centenas de mortes por desnutrição, além de outras doenças. A população é afetada pelo intensa ação de garimpeiros na região.
Participaram da ação desta quarta o Ibama, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional de Segurança Pública.
O Ibama indicou que todos os alimentos e suprimentos apreendidos foram levados para a base da força-tarefa e serão utilizados pelos agentes.
Reforço
Nesta quarta, 100 agentes da Força Nacional foram enviados para reforçar a segurança da região. Eles vão compor a base de segurança instalada no Rio Uraricoera, que tem busca impedir a passagem de produtos para os garimpeiros.
Fuga de garimpeiros
No último fim de semana, começaram a circular nas redes sociais imagens de garimpeiros fugindo da reserva yanomami após o início das ações de repressão à atividade clandestina.
Grupos de homens e mulheres são vistos deixando a região em barcos lotados.