“Quando completarmos 100 dias, nós já teremos recolocado na prateleira todas as políticas públicas que nós criamos e que deram certo nesse país”, disse o presidente
Ministra da Saúde, Nisia Trindade; presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro da Educação, Camilo Santana (Foto: Marcelo Camargo/Agꮣia Brasil)
Brasil 247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou nesta segunda-feira (20) o programa Mais Médicos, rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, com a abertura de 15 mil novas vagas. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula disse que os primeiros 100 dias de governo serviriam para fazer levantamento da realidade do país, para descobrir “o grau de destruição ao qual o país foi submetido nesses últimos seis anos”.
“Nesses 80 dias de governo, não temos feito outra coisa a não ser tentar recuperar tudo aquilo que tinha sido feito de bom, que tinha dado certo, e que foi destruído. É como se você voltasse de férias e tivesse dado um terremoto na sua casa”, afirmou Lula.
“Estamos colocando cada peça no lugar outra vez, preparando o país para o próximo período. Quando completarmos 100 dias, nós já teremos recolocado na prateleira todas as políticas públicas que nós criamos e que deram certo nesse país”, disse o presidente.
Do total de novas vagas para o Mais Médicos para o Brasil neste ano, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, o que, de acordo com o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento é de R$ 712 milhões por parte da União apenas em 2023.
“Só sabe a falta que faz o médico em uma cidade o prefeito que quer contratar, às vezes paga salário mais alto do que poderia pagar, e ainda assim não encontra um médico que se disponha a ir para uma cidade pequena do interior, que não tem shopping, não tem cinema”, disse o presidente Lula.
O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, disse que o novo formato do Mais Médicos deve trazer uma saúde mais universal e integral. “Momento muito importante, num país tão heterogêneo, em que as oportunidades de assistência são, muitas vezes, diferentes. A gente tem que enfrentar, em mais de 30 anos de SUS, esse problema que é dar à população lá na ponta prevenção de saúde.
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, o programa Mais Médicos pelo Brasil “vem em boa hora” e com formato mais ousado, levando assistência ao que referiu como recantos do país. “Temos a responsabilidade de levar àquela população que não tem acesso a esse profissional que é tão valioso para a nossa sociedade”.