As imagens foram registradas em câmeras de segurança de um condomínio da capital em abril e setembro do ano passado, mas só ontem foram divulgadas.
A prefeitura de João Pessoa publicou, na tarde desta segunda-feira (11), ato de exoneração do médico João Paulo Casado, que era diretor do Ortotrauma da capital, o Trauminha de Mangabeira.
A publicação foi assinada pelo prefeito Cícero Lucena (PP) e o pedido foi feito, ontem (10), pela secretária de Saúde da capital, Janine Lucena.
Ato do prefeito Cícero Lucena:
João Paulo Casado foi gravado agredindo a então esposa em um elevador e dentro do carro. As imagens foram registradas em câmeras de segurança de um condomínio da capital em abril e setembro do ano passado, mas só ontem foram divulgadas.
O governador João Azevêdo (PSB) também anunciou nas redes sociais a demissão do médico que prestava serviço no Hospital de Trauma de João Pessoa. O afastamento dele havia sido confirmado, ainda ontem, pelo secretário de Saúde do Estado,
Em postagem que fez nas redes sociais, o governador João Azevêdo garantiu que “nenhuma mulher na Paraíba está sozinha e pode contar com nossa rede de apoio e enfrentamento contra abusos como esse. Esperamos que o agressor seja punido conforme a lei e que essa situação terrível sirva como um exemplo que a violência contra a mulher não pode ser tolerada”.
Casado também é médico do Corpo de Bombeiros, que abriu procedimento interno. O Conselho Regional de Medicina abriu sindicância para apurar comportamento do médico.
A agressão está sendo investigada pela Delegacia da Mulher. Segundo a delegada, Paula Monalisa, em entrevista ao Bom Dia Paraíba, a vítima já está com medida protetiva e a denúncia da agressão foi feita pela própria vítima, no fim de agosto.
A defesa
A defesa do médico João Paulo Casado, ex-diretor do Trauminha de João Pessoa afirmou que o cliente estava sendo vítima extorsão.
Na nota, o advogado Aécio Farias afirmou que, desde julho de 2023, o médico se encontra separado do seu segundo casamento. E, segundo ele, coincidentemente, há poucos dias, “após não ceder às extorsões para a manutenção do pagamento da mensalidade da faculdade de medicina de sua ex-esposa, no valor de R$ 10.670,00, e ajuizar ação de divórcio”, os vídeos fora exibidos.
A defesa não nega as agressões, não fala sobre ‘ataques pontuais’ e busca culpar a mulher por ela ter sido vítima.