O ministro da Casa Civil e coordenador do Novo PAC, Rui Costa, reuniu autoridades e empresários paraibanos nesta terça-feira (12) em João Pessoa para apresentar informações sobre os empreendimentos estruturantes que compõem a carteira de investimentos do Novo PAC na Paraíba.
Foram apresentadas obras de rodovias, mobilidade urbana, saúde, educação, entre outros projetos que impactam diretamente a qualidade de vida da população do estado.
Em seu discurso, Costa negou que o Estado tenha tido recursos diminuídos pelo Governo Federal.
“De ontem para hoje, dei algumas entrevistas em João Pessoa e sempre me perguntaram sobre a comparação de valores entre estados. Eu disse e vou repetir aqui: o PAC foi montado respeitando o pacto federativo, restabelecendo no país o respeito à decisão do voto popular. Nós nos reunimos no mínimo quatro vezes com cada governador do Brasil, independente da filiação partidária e independente de quem seja o Presidente da República. O Lula determinou aos ministros: não quero saber em quem cada um votou, quero saber qual é a necessidade que o estado ou município têm para eu atender. Por isso, nos reunimos com todos os governadores, recolhemos as demandas inicialmente pelo presidente, que devem ter prioridades. A maioria, como a Paraíba, apresentou muito mais do que três obras ou três solicitações. Reunimos isso, incluímos todas as obras que estavam paralisadas ou com andamento lento e os projetos que estavam nos ministérios. Fizemos esse plano que está sendo anunciado pelo país”, disse.
Ele ainda afirmou que as comparações entre estados não são corretas pois há particularidades.
“Muitas vezes, a imprensa está comparando coisas que não podem ser comparadas. Vou dar um exemplo: no montante do PAC, há investimento de empresas públicas como a Petrobras. No PAC são 300 bilhões de reais da Petrobras. Obviamente, a Petrobras faz investimento onde ela tem refinaria, encontra gás ou encontra petróleo. Vou dar um exemplo do Estado de Sergipe que vi um jornalista comparando com o valor que está sendo investido na Paraíba. Em Sergipe, a Petrobras encontrou uma bacia de gás e lá terá um grande investimento da Petrobras. Vai sair esse gás e eventualmente óleo, se confirmar também o óleo. Mais de 10 bilhões de reais para embarcações, plataformas – um conjunto de investimentos. Não pode ser na Bahia, não pode ser na Paraíba, não pode ser no Ceará; só pode ser em Sergipe, porque foi lá que encontraram o gás”, pontuou.
“Então, esses valores têm que ter essa ressalva. Senão, você está comparando coisas diferentes, assim como investimentos privados que precisam de alguma participação do Estado ou financiamento, no licenciamento. Há a realidade, ou seja, na medida em que muitos estudos e nós evitamos – você sabe que já tornamos isso público – nós evitamos incluir no PAC aqueles projetos que ainda estavam incipientes”.
NOVO MOMENTO
Durante lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em João Pessoa, o governador João Azevêdo destacou o novo momento vivido entre os estados, incluindo a Paraíba e o governo federal.
João frisou que ao contrário da última gestão federal, agora com Lula a Paraíba vive um momento de união e reconstrução com o governo federal, o que beneficia o estado e a população como um todo.
O governador não vê necessidade de que um paraibano seja nomeado ministro para que a Paraíba demonstre ter prestígio junto ao Governo Lula.
João lembrou que mais importante do que ter um paraibano nomeado para alguma das pastas do governo é que os representantes da Paraíba tenham bom trânsito no governo e que recursos estejam sendo destinados ao estado.
“Muito mais do que ter um ministro paraibano, espero que os meus amigos ministros permaneçam para que possamos ter as portas abertas em defesa de toda uma região”, afirmou João.
João ainda frisou que a gestão estadual apresentou 12 projetos ao governo federal que são fundamentais para a Paraíba e para a população e que o momento em que o país vive é fruto da decisão dos paraibanos que escolheram optar pela sua reeleição e pela eleição de Lula.
“Eu tenho a convicção de que esse momento que a Paraíba vive, esse momento que o Brasil vive, é fruto exatamente da decisão que vocês tiveram no ano passado, quando nos elegeram e quando elegeram o presidente e o vice-presidente”, disse.
O governador concluiu lembrando o ditado popular que diz que é melhor ter muitos amigos na praça do que dinheiro guardado no banco e que, portanto, ele espera seguir sendo amigo de muitos ministros do atual governo.
ENSINO INTEGRAL PARA 100% DOS MUNICÍPIOS DA PARAÍBA
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou durante entrevista coletiva no evento de lançamento do novo PAC na manhã desta terça-feira (12) que o Governo Federal tem como meta garantir que todos os municípios paraibanos ofertem ensino integral aos seus estudantes até 2024.
De acordo com Santana apenas seis municípios paraibanos ainda não aderiram ao modelo de ensino integral e que, portanto, ele considera que até o próximo ano todo o estado já estará praticando a política de ensino integral.
SOBRE O PAC
As 12 obras estruturantes pleiteadas pelo chefe do Executivo ao governo federal que foram incluídas no novo PAC preveem investimentos de R$ 2,4 bilhões na Paraíba em infraestrutura rodoviária, saúde e segurança hídrica.
PARTICIPAÇÕES
Também participaram da solenidade a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, representantes da Caixa Econômica Federal, do Sebrae, das bancadas federal e estadual e de prefeitos de todas as regiões do estado.