Em outro momento de ruído com o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), o ministro da Justiça, Flávio Dino, evitou responder diretamente que, se aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF), julgará ou não as ações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele responde na Corte.
“Vossa Excelência se sentiria impedido de julgar seu inimigo declarado que é o ex-presidente Jair Bolsonaro?”, perguntou Marinho.
Dino evitou responder diretamente e repetiu uma frase que tem dito desde que seu nome foi indicado por Lula:
“O exercício da função judicante não me é estranho e a minha prática concreta nesses 12 anos [de juiz] ilustra bem que distingo a ética de cada profissão”, respondeu Dino, sem atender à pergunta do adversário político.
Perfil “belicoso”
Marinho afirmou que Dino, após ser indicado para o tribunal, está “vestindo um figurino diferente do que estamos acostumados, de alguém belicoso, ferino, irônico”. E que o seu perfil não coaduna com um indicado para o STF.
Dino devolveu e afirmou que o senador é quem estava sendo “belicoso”.