Teve início nesta segunda-feira (3) a greve dos professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), após assembleia realizada na última quarta-feira (29). A paralisação, por tempo indeterminado, foi decidida com 167 votos a favor, 38 contrários e duas abstenções, em reuniões que envolveram 207 professores nos campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras.
A categoria reivindica reajustes salariais e reestruturação de carreiras, rejeitando a proposta do Governo Federal, que prevê aumentos de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Os docentes demandam um reajuste imediato de 22,71%, além de ajustes nos orçamentos das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), garantias para aposentados, e a revogação de medidas consideradas arbitrárias aprovadas durante o governo Bolsonaro.
A greve foi anunciada pela Associação dos Docentes da UFPB (Aduf-PB), que ressaltou ter feito todo o possível para que as negociações tivessem outro desfecho. “O governo nos deixou sem perspectiva”, afirmou o secretário-geral da Aduf-PB, Fernando Cunha.
Os professores da UFPB se juntam a colegas de 58 instituições federais vinculadas ao Andes (sindicato nacional) que estão em greve desde 15 de abril. A Aduf-PB informou que a categoria havia aprovado um indicativo de greve em assembleia realizada em 3 de abril, mantido em nova reunião em 30 de abril, e decidido deflagrar a greve em 29 de maio.
Além da greve, está marcada para esta segunda-feira (3) a primeira reunião do Comando Local de Greve (CLG), às 15h, na sede do sindicato, para traçar os próximos passos e discutir a contraproposta construída pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e protocolada no último dia 27.