Infarto fulminante mata Marcos Medeiros, ex-craque do Botafogo e segurança da Câmara de João Pessoa

O ex-craque do Botafogo e segurança da Câmara Municipal de João Pessoa, Marcos Medeiros de 73 anos,  morreu na manhã desta quinta-feira (23), vítima de infarto fulminante, no bairro Bancários, quando se dirigia ao trabalho.

O velório está acontecendo na Morada da Paz, desde às 18 horas e o sepultamento será às 9 horas desta sexta-feira (24), no Cemitério Senhor da Boa Sentença.

HISTÓRICO

Marcos Medeiros da Silva nasceu em 07 de novembro de 1952, na cidade de Catolé do Rocha.

Seus pais, Francisco Pereira de Medeiros e Maria Patrocínio de Medeiros, 12 anos após o nascimento de Marcos, decidiram morar em João Pessoa. E fixaram residência no centro da cidade, no Cordão Encarnado, a parte alta do Varadouro.

Marcos continuou seus estudos e não deixou de jogar peladas nos campinhos ainda existentes naquela região. Como também passou a frequentar o SESI, onde jogava futsal e futebol de campo. Foi aí que o Tenente Vitanael, atleta amador do Botafogo, seu vizinho, assistindo um jogo do garoto Marcos Medeiros, então com 15 anos, resolveu levá-lo para fazer testes nno Botafogo. 

O Departamento Amador do Botafogo era dirigido por Luiz de Carvalho, antigo fundador e proprietário da “Livraria do Luiz”. E o seu técnico era Aluizio Ventola. E foi assim que Marcos Medeiros se tornou atleta infanto-juvenil do Belo, em 1967.

Em paralelo, Marcos também jogava futsal. Seu primeiro título de Campeão, ainda com 15 anos, foi pelo Riacho Forte, na Seleção de Bairros da Copa Arizona. Seu técnico de futsal era Pedrinho Sapateiro.

Pelo Botafogo se tornou tri Campeão Juvenil e, mais tarde, foi, também, Campeão nos juniors do Belo.

Finalmente Marcos Medeiros chega ao time profissional do Botafogo. Largou um pouco o futsal para se dedicar ao futebol.

A memória de um Clube de futebol não é feita homenageando apenas os ídolos, os grandes craques, os grandes artilheiros. Não. Para Chico Matemático se tornar o maior artilheiro da história do Belo, com 117 gols, era preciso alguém na retaguarda para garantir vitórias, para não levar gols. E Marcos, por coincidência, era contemporâneo de Chico Matemático.

Marcos Medeiros era um zagueiro viril, sem muita técnica. Do estilo “da barriga pra cima tudo é canela”. Além de tudo, não deu muita sorte. Disputou a posição de lateral esquerdo, primeiro com a lenda Zezito. Depois, com o craque Fantick. E finalmente com Evandro, um garoto da base do Sport que aqui chegou em 1975.

Mas Marcos tinha uma vantagem. Era polivalente. De 1973, com 21 anos, ao sair dos juniors, até 1975, Marcos Medeiros foi de lateral direito, jogou de zagueiro direito e esquerdo, e jogou como lateral esquerdo. Por isso foi bem aproveitado pelos técnicos, principalmente entre 1973 e 1974.

Assim, Marcos Medeiros, em 1973, teve o privilégio de jogar no nosso time, ao lado do Campeão Mundial Mané Garrincha, quando o anjo das pernas tortas foi homenageado aqui na Graça, pelo Botafogo.

Finalmente, em meados de 1975, Marcos Medeiros, incomodado por não ter se firmado como lateral esquerdo titular do Belo, e por ter sido aprovado no vestibular de Educação Física na Universidade, resolveu se transferir para o Santos de Tereré, e voltava a jogar Futsal.

Marcos foi bancário, trabalhando no Bradesco, no Itaú e no BEMGE – Banco do Estado de Minas Gerais. Obteve vários títulos de Campeão como atleta do Futsal paraibano, se destacando no Esporte Clube Cabo Branco. O mais importante de todos foi o título de Vice-Campeão Brasileiro de Seleções Universitárias.

Colaboração de Carlos Dionísio,  servidor graduado da CMJP 

 

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