Brasília — O Banco Central (BC) ampliou o número de pessoas sujeitas a monitoramento especial de suas transações financeiras. O objetivo da autoridade monetária é aprimorar as regras já previstas em lei para prevenir lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo pelos bancos e demais instituições financeiras.
É com base nesse tipo de dado que informações sensíveis são enviadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, hoje vinculado ao BC.
O novo regulamento amplia, principalmente, o número de políticos que passam a receber atenção especial das estruturas de governança e análise de risco dos bancos, de acordo com a natureza das transações por eles realizadas – que podem ou não ser interpretadas como suspeitas.
Vereadores, deputados estaduais, e parentes de até segundo grau dessas pessoas, consideradas politicamente expostas pelo BC, passam a estar na mira das instituições financeiras.
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De acordo com Evaristo Araújo, da divisão de regulação do BC, a mudança amplia o rol de monitoramento para “dezenas de milhares” de políticos, e alcança também membros de conselhos da esfera do judiciário, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Até então, basicamente os presidentes das assembleias estaduais e das câmaras municipais das capitais eram monitorados. Agora, todos os vereadores e deputados estaduais entram na categoria de “pessoas politicamente expostas”.