O número é preocupante e estarrecedor. Dados da plataforma Mapa Brasileiro da Covid-19, feita pela In Loco, no dia 4 de abril, mostram que quase 47% da população paraibana não estava respeitando as medidas de isolamento social. Em outras palavras: quase a metade das pessoas está descumprindo as orientações de governos, das autoridades sanitárias e colocando em risco a própria vida; e, também, a vida de quem permanece em casa.
O índice desenvolvido pela empresa In Loco usa uma base de dados de 60 milhões de brasileiros em tempo real, conseguindo estimar um percentual de pessoas que está em movimentação ou não. De acordo com os dados estimados na plataforma, até sexta-feira (04) a Paraíba era o quarto Estado do Nordeste com pior índice de cumprimento do isolamento social, acima apenas de Bahia e Alagoas (51,7%) e Sergipe (52,5%).
As cidades paraibanas apresentaram um percentual máximo de isolamento social de 69,6% no dia 22 de março, um dia após a publicação do decreto de calamidade pública do Governo da Paraíba. Depois disso, ao que parece, fomos tomados pela falsa ilusão de que o vírus ainda não chegou no Estado, ou que tudo não passa de uma “gripezinha”.
No Estado o governador João Azevêdo (Cidadania) prorrogou a vigência de decretos que estabelecem o isolamento social. Em Campina, a prefeitura também manteve o comércio fechado. Na Capital, o prefeito Luciano Cartaxo (PV) segue no mesmo sentido. As medidas buscam evitar uma catástrofe humanitária, mas sem a compreensão e a ação individual de cada cidadão elas poderão ser ineficientes. É uma atitude desumana sair às ruas, sem necessidade, nesse momento.
Apelo
O secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrami, lembra que as recomendações precisam ser seguidas com maior rigor nesse momento, considerado um período crítico para o aumento do número de casos pelas autoridades de saúde. “É preciso senso de coletividade, vejam a Espanha, Itália, Estados Unidos, não é hora de baixar a guarda. É hora de foco, de responsabilidade, o coronavírus no Brasil não vai deixar o rastro de mortos, mas isso depende de você”.
** Com informações do G1PB