EDMILSON LUCENA
Vivemos dias difíceis no cenário político brasileiro, onde muitas figuras são fundidas em um único cargo: o político. Parece que tudo desemboca nos cenários do executivo e do legislativo, com a desculpa de representação de vários setores populares, no fundo se converge em uma única necessidade: poder.
Não é difícil entender a ineficiência dos órgãos e das ações políticas, nossos poderes nunca exercem a sua real função que no caso seria cumprir a necessidade de ser a casa de todos os cidadãos. Casa essa que deveria ouvir e atender as demandas requeridas pelo povo, já que eles acumulam tanta riqueza dos nossos impostos.
O que vemos hoje são políticos que se comportam como mega astros, verdadeiras celebridades, tendo ares de grandes pessoas, quando no fundo sua simpatia e altruísmo não passam de clichês usados para enfeitiçar usuários da internet.
Porque na vida real se negam a atender a população, são elitistas no seu pensar, e no fundo escondem verdadeiro nojo do que chama de “pobrada”, nós trabalhadores que os elegemos e pagamos o seu gordo salário.
Segunda categoria ao Oscar de nossos políticos, os que em ação ou não, eleitos ou não, parecem sempre estar no palanque, com seus discursos apaixonados, sempre jogando para o amanhã grandes ações e feitos, que na verdade nunca fizeram, contando sempre com a ajuda de todos. Falta de consciência de perceber que o povo precisa de ação e não de promessas.
Agora vamos aos líderes religiosos, nada contra eles ou suas crenças, mas é de doer o que muitos deles fazem, tentativas de criar leis que desrespeitam os princípios da Constituição Federal, usar da figura de pessoa pública para incentivar discriminações e culturas preconceituosas, pregarem quando na verdade deveriam se ocupar em elaborar leis ou executarem ações que realmente garantam o direito a todos de saúde, trabalho, educação, saneamento básico, etc. Se queriam tanto pregar, ficassem em suas igrejas onde poderiam fazer exercício de suas crenças com pregações doutrinárias
E disso tudo faz a política brasileira um grande picadeiro, onde se parece muito engraçado, um verdadeiro circo, onde o voto é trocado por um emprego, um saco de cimento, uma vingança, uma dentadura, uma licitação fraudulenta para reformar uma capelinha à cal, enfim, não dá para acreditar que algo realmente vá melhorar, como dizem por aí, a teta muda de boca, mas nada de fato é feito.
O triste mesmo é perceber que neste grande picadeiro os grandes palhaços somos nós trabalhadores financiadores dessa farra dos bois.