Após chegar dos Estados Unidos, Anderson Torres é preso em Brasília pela Polícia Federal


O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, foi preso em Brasília na manhã deste sábado (14). A prisão ocorreu após ele desembarcar de um voo vindo dos Estados Unidos, por volta das 7h20min.

Em nota, por volta do meio-dia, a Polícia Federal informou que Torres foi encaminhado à custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça. A PF não informou onde o ex-ministro, que é policial federal, está detido. Ainda de acordo com a nota, as investigações sobre o caso “seguem em sigilo”.

Anderson Torres embarcou em Miami, na noite dessa sexta-feira (13). Conforme vídeo obtido pela TV Globo, o ex-ministro chegou a área de embarque escoltado. Ele deve se entregar à Polícia Federal, já que, na terça-feira (10), publicou no Twitter: “Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa”.

O também ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) é investigado por suposta conivência com as invasões que ocorreram em Brasília no domingo passado (8). Apesar de ser o secretário na ocasião, Torres estava nos Estados Unidos durante os ataques, e acabou sendo exonerado do cargo pelo governador Ibaneis Rocha.

Após receber a informação da ordem de prisão, Anderson Torres, ainda na terça-feira (10), afirmou em postagem nas suas redes sociais que voltaria ao país e se entregaria à Justiça.

Na quinta-feira (12), veio a público um rascunho de decreto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encontrado na casa de Torres durante busca e apreensão da PF. O ex-ministro também se defendeu das acusações.

O objetivo do documento encontrado era reverter o resultado da eleição em que Bolsonaro foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instaurando estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .

A minuta imputa abuso de poder, suspeição e medidas ilegais ao TSE na condução do processo eleitoral. O tribunal é presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, a quem Bolsonaro hostilizou seguidamente durante seu governo. Moraes conduz inquéritos sensíveis e estratégicos, que pegam aliados do ex-presidente e o envolvem também em denúncias.

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