A Justiça da Paraíba decidiu manter a prisão do Padre Egídio Carvalho, acusado de desvios no Hospital e Fundação Padre Zé. Ele passou por audiência de custódia, realizada na tarde desta sexta-feira (17), no Fórum Criminal de João Pessoa, e, logo em seguida foi encaminhado para o Presídio Especial, localizado na região do 5º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Valentina Figueiredo.
O presídio é destinado a presos com curso superior e direito a cela especial.
Além do padre Egídio, o juiz também definiu a situação de Amanda Duarte e Jannyne Dantas, também presas e investigadas pelos desvios no hospital. Duarte será mantida em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, porque tem um filho de quatro meses e não poderia ser encaminhada a um presídio.
Já Jannyne Dantas também teve a prisão mantida e será encaminhada ao Presídio Feminino Júlia Maranhão, também em João Pessoa.
De acordo com investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), o religioso é suspeito de liderar um esquema criminoso que teria desviado cerca de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, na Capital, e da Ação Social Arquidiocesana (ASA). Os desvios ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.
Operação
A Justiça da Paraíba expediu três mandados de prisão contra ex-dirigentes do Hospital Padre Zé, de João Pessoa. E um deles é o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor da unidade hospitalar, que é suspeito de desvio de verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões. Ele foi preso nesta sexta-feira (17).
O delegado André Marcedo, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), informou que o padre Egídio se apresentou às autoridades. Sob custódia, ele passou por exame de corpo de delito no Intituto de Medicina Legal (IML) e foi levado para a Central de Polícia, onde deve aguardar a audiência de custódia.
Outras duas pessoas também são alvo dos mandados de prisão: a ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas. Elas seguem foragidas.
A determinação das prisões foi do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. O pedido inicialmente havia sido negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, mas o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) recorreu da decisão. O desembargador elenca a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e o asseguramento da aplicação da lei penal para justificar as prisões.