Brasil estréia na olimpíada goleando a China por 5 a 0

Com gols de Marta (2), Debinha, Andressa e Bia Zaneratto, a seleção brasileira feminina estreou com vitória sobre a China por 5 a 0 no torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio. O jogo foi disputado no estádio Miyagi, um dos poucos que permitem público nos Jogos Olímpicos.

A próximo partida do Brasil será contra a Holanda, no próximo sábado (24), às 8h. O confronto deve decidir a primeira posição do Grupo F.

Agora, sob o comando da técnica Pia Sundhage, a seleção brasileira conta com 12 vitórias, 5 empates e 2 derrotas. Em Olimpíadas, a treinadora possui um currículo invejável, com duas medalhas de ouro dirigindo os Estados Unidos (Pequim-2008 e Londres-2012) e uma prata pela seleção sueca (Rio-2016).

A seleção feminina, por sua vez, tenta voltar ao pódio olímpico. Nos Jogos do Rio, em casa, o Brasil ficou em quarto lugar, após perder para o Canadá, por 2 a 1, a disputa do bronze.

A seleção brasileira já havia enfrentado as chinesas em Olimpíadas em duas ocasiões. Nos Jogos de Atlanta, em 1996, o Brasil perdeu por 3 a 2 em jogo que valeu vaga na final do torneio. No Rio, cinco anos atrás, as brasileiras venceram por 3 a 0.

No último confronto, em novembro de 2019, na final de um torneio amistoso disputado na China, já sob o comando da técnica Pia Sundhage, houve empate em 0 a 0, com vitória das asiáticas nos pênaltis (4 a 2).

O Brasil começou a partida mais incisivo, explorando jogadas pelas extremidades do campo, onde a China, tinha dificuldade de marcar. Em uma jogada pela ponta, logo aos 8 minutos, Bia Zaneratto cruzou da esquerda, Debinha cabeceou no travessão e Marta pegou o rebote de pé esquerdo para abrir o placar.

Na comemoração, a camisa 10 da seleção fez um “T” com os braços para homenagear a noiva Toni Deion Pressley, também jogadora do time americano Orlando Pride.

Foi em uma jogada despretenciosa, que começou pela direita, aos 21minutos, que saiu o segundo gol. Após boa troca de passes, Bia Zaneratto finalizou forte, a goleira Shimeng deu rebote, e Debinha marcou.

Insatisfeito com o desempenho da equipe, armada num 4-2-3-1, o técnico Jia Xiuquan, da China, fez uma substituição logo no primeiro tempo, quando tirou volante Wang Yan e colocou a atacante Wurigumula, buscando deixar o time mais ofensivo. As chinesas só chegaram uma vez com perigo na etapa inicial, em chute da atacante Miao, defendido por Bárbara.

Na segunda parte do confronto, a China usou a tática de pressionar a saída de bola do Brasil para tentar surpreender a defesa da seleção. O time criou algumas chances de perigo, mas foi a vez de a goleira Bárbara fazer boas defesas e a trave salvar o Brasil em mais de uma oportunidade. Para tentar recuperar a posse de bola no meio-campo, Pia tirou Formiga, que mostrava sinais de cansaço, e colocou Júlia Bianchi.

E num contra-ataque, aos 28 minutos, a seleção fez mais um. Após Bia Zaneratto ser bloqueada em finalização na entrada da área, a bola sobrou mais uma vez para o hábil pé esquerdo de Marta, que tocou no canto da goleira Shimeng.

Atordoada em campo, a China ainda cometeu pênalti aos 34, quando Andressa Alves foi derrubada na entrada da área. A própria meia da Roma cobrou a penalidade para marcar mais um.

Já no final do jogo, aos 43 minutos, Debinha roubou bola e cruzou da esquerda para Bia Zaneratto, que marcou o quinto gol e fechou o placar.

OUTROS JOGOS
Pelo Grupo G, a Suécia surpreendeu os Estados Unidos, campeões da Copa do Mundo-2019 e um dos favoritos ao ouro, e fez 3 a 0. Já pelo Grupo E, a Grã-Bretanha venceu o Chile por 2 a 0.

Folha online

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