Brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner tinha caixas com 100 balas, diz polícia


A Polícia Federal da Argentina vasculhou o último apartamento em que morou o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, preso por tentar matar a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, na noite da última quinta-feira (1º).

De acordo com informações do jornal O Globo, os agentes encontraram duas caixas de munições Magtech, calibre 9mm, totalizando 100 balas na residência localizada em San Martín, na Grande Buenos Aires.

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No local, os policiais também apreenderam um laptop, além de documentos pessoais de Fernando e de parentes.

O proprietário que alugou o apartamento ao rapaz pelos últimos oito meses explicou que o brasileiro vivia no local com uma namorada argentina, identificada como Brenda Elizabeth Uriarte.

As munições encontradas serão submetidas a perícia, assim como a arma utilizada por Fernando na tentativa de homicídio, uma Bersa calibre 380.

Segundo a imprensa do país, o suspeito estava detido na Superintendência de Investigações da Polícia Federal durante a manhã desta sexta (2), em Buenos Aires. Após interrogatório, ele seria transferido para uma prisão federal.

Quem é Fernando Montiel?
Fernando Montiel possui antecedentes criminais envolvendo armas: foi acusado, em março de 2021, por contravenção pelo porte de arma não convencional, no bairro de La Paternal, onde possuiria residência.

Na ocasião, o brasileiro foi flagrado com uma faca e alegou às autoridades na época que era para uso e defesa pessoal.

Nesta quinta-feira, ele foi preso após apontar uma arma de fogo para o rosto de Cristina Kirchner, no momento em que a vice-presidente se aproximava de apoiadores em frente à sua casa, no bairro da Recoleta.

Nos registos comerciais, o brasileiro possui inscrição profissional de “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remisses, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”.

Na Argentina, a categoria corresponde ao registro de motoristas de aplicativos. Ele teria um carro Chevrolet Prisma registrado para utilizar no trabalho.

Ele não possui impostos ativos, não registra relação de dependência ou contas bancárias, conforme revelado por um registro preliminar, segundo informações da Polícia Federal.

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