A Câmara dos Deputados votará nesta segunda-feira (3), primeira sessão de 2020, a ordem de afastamento do deputado federal paraibano Wilson Santiago (PTB), implicado na Operação Pés de Barro, que investiga supostos pagamentos de propina na construção de adutora no Sertão paraibano.
Wilson Santiago foi afastado do cargo no dia 21 de dezembro, por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito foi tornado público pelo decano no dia 27 do mês passado para que os deputados pudessem avaliar a denúncia.
As investigações da Operação Pés de Barro apuram pagamentos de vantagens ilícitas (“propina”) decorrentes do superfaturamento das obras de construção da “Adutora Capivara”, a qual se trata de um sistema adutor que deve se estender do município de São José do Rio do Peixe/PB ao município de Uiraúna/PB, no Sertão da Paraíba.
As ordens de busca e apreensão, prisão preventiva e suspensão do exercício de funções públicas foram expedidas pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal – STF, tendo em vista a previsão constitucional de foro por prerrogativa de função de um dos investigados, que é o deputado federal Wilson Santiago, o qual foi afastado do cargo pelo Supremo.
Em nota, o deputado federal Wilson Santiago declarou que o delator George Ramalho, que levou seu nome à Operação Pés de Barro, “busca a todo momento, construir relações que possam nos implicar de forma pessoal e criminalizar o trabalho parlamentar.” Ainda segundo Wilson, o empresário delator quer ter favorecimento pessoal e evitar condenação fazendo a delação premiada.