Câncer mata José Enock, pioneiro do balé na Paraíba

O bailarino e professor José Enoch Ramos, um pioneiro no ensino de balé no Estado da Paraíba, morreu na manhã de hoje no Hospital Napoleão Laureano aos 88 anos. Ele estava em tratamento contra o câncer. Os locais e horários de velório e sepultamento ainda não foram definidos pela família.

José Enoch deixou a cidade de Rio Tinto para conquistar os palcos do mundo ainda muito cedo, dançando e coreografando nos Estados Unidos e na Europa. A formação artística dele inclui o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a American Ballet Graham, nos Estados Unidos. Na Paraíba, foi responsável pela formação de várias gerações de bailarinas e amantes do balé.

Foi o primeiro bailarino brasileiro a se apresentar no Teatro Royal, na Broadway, em Nova York e na rádio City Music Hall. Foi Integrante do quadro da Companhia Brasiliana – Ballet Hispano Brasileiro, no Rio de Janeiro, e participou do corpo de ballet da TV Globo durante quatro anos.

O artista recorda que enfrentou muito preconceito por causa da escolha, principalmente dentro de casa, pois sua mãe era tecelã e seu pai era militar, e jamais aceitaria ter um filho bailarino. “Naquela época, o preconceito era muito grande”, lembra José Enoch.

Em 1970, retornou ao Brasil e trabalhou em Brasília e no Rio de Janeiro. Tempos depois retornou à Paraíba, dedicou-se ao ensino da dança e abriu sua própria escola de dança na capital paraibana, o Ballet Studio José Enoch, que fundamentou a criação dos grupos Contratempo e Sem Censura Cia. de Dança, na década de 1980.

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