A aliança entre o PSDB e o Cidadania deve ser o fator para a saída do governador da Paraíba, João Azevêdo do partido. A decisão de juntar os partidos em uma federação pelos próximos quatro anos tornou inviável a permanência de João, devido ao não apoio à candidatura à presidência do ex-presidente Lula.

Com isso, o destino mais provável do governador deve ser voltar para o PSB.

Numa votação em dois turnos, o Diretório Nacional do Cidadania decidiu no sábado (19) por uma federação com o PSDB. No 1º turno, o partido recebeu 54 votos, o PDT, 37, e o Podemos, 14, com 5 abstenções. No 2º turno, entre PDT e PSDB, a maioria, 56 votos, decidiu por uma aliança pelos próximos quatro anos com os tucanos. O PDT recebeu 47 votos e houve 7 abstenções.

Ambos, Cidadania e PSDB, acordaram preliminarmente a manutenção das pré-candidaturas dos dois partidos à Presidência: Alessandro Vieira (SE) e João Dória (SP), respectivamente. Agora, as Executivas dos dois partidos irão aprofundar as negociações sobre as regras da federação. Entre elas, a que estabelece prioridade na aliança para governadores candidatos à reeleição.

Na avaliação do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, o “debate foi democrático” e “respeitou a história do nosso e dos demais partidos que manifestaram interesse em uma federação”.

“Tenho profundo respeito pelo PDT e pelo Podemos, mas o partido optou democraticamente pelo PSDB. Importante frisar que foi discutida uma federação e não o apoio a candidaturas específicas, embora a aliança vá ter apenas um candidato. Isso será tratado no processo de consolidação da federação”, explicou Freire.

Na mesma reunião, o Diretório aprovou a data para a realização do Congresso Nacional do Cidadania, que irá eleger o novo corpo dirigente do partido. Será no próximo dia 12 de março.