Apesar da baixa adesão, a primeira segunda-feira de fevereiro já começou marcada por protestos de caminhoneiros ao redor do país que iniciam uma greve. São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia são alguns dos estados que logo na manhã sofreram com a paralisação dos caminhoneiros.
Em Mossoró (RN), caminhoneiros ocuparam a BR-304, com saída para Fortaleza, protestando pelo aumento do valor do diesel e pela falta de um tabelamento do valor do frete. A paralisação teve início às 9h desta segund-feira (1º/2) e o trânsito, até a publicação desta matéria, seguia lento no local. Pneus e alguns objetos foram queimados na região, mas foram retirados pela Polícia. Não há registro de vias paralisadas, apenas de fluxo lento.
O km 30 da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, próximo a Barueri, foi bloqueado em duas faixas, por volta das 6h. Os trabalhadores protestaram contra o governador João Dória (PSDB), pelos pedágios abusivos e pedindo a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Os trabalhadores caminharam nas duas faixas até as 10h e a liberaram, seguindo para um terminal no km 19,5 da rodovia.
Cerca de 100 caminhoneiros em Salvador (BA) também aderiram à paralisação e protestam na BA-256, Estrada Cia-Aeroporto. De forma pacífica, o grupo foi caminhando em direção à BR-324 e ocupou o acostamento e uma faixa da rodovia. Em Feira de Santana, município baiano, uma paralisação foi interrompida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando o grupo tentou criar bloqueios na rodovia. Os caminhoneiros, porém, planejam uma nova paralisação, às 14h em Cidade Nova. Durante a manhã, em Itati, também na Bahia, um grupo protestou na BR-116 e bloqueou a pista com pneus e outros objetos queimados.
Até o momento, não há nenhum ponto de paralisação total ou parcial, como informou comunicado do Ministério da Infraestrutura e da Polícia Rodoviária Federal. Os movimentos têm sido isolados e independentes. O Conselho Nacional de Transportes Rodoviário e de Cargas (CNTRC) ainda informou que a greve teve início hoje e não há previsão de término.