Coronavirus mata o jornalista João Manoel de Carvalho em João Pessoa


Morreu no início da tarde desta sexta-feira, 8, no Hospital da Unimed, o jornalista João Manoel de Carvalho, de 87 anos, fundador do jornal Contraponto. O falecimento se deu por volta das 13h. João Manoel sofria do Mal de Alzheimer e contraiu Covid-19, o que agravou seu estado clínico. Por causa da imfecção pelo novo coronavírus, ele permaneceu internado por cerca de um mês.

João Manoel de Carvalho nasceu em João Pessoa, estudou no Lyceu Paraibano e depois foi aprovado para o curso de Direito na UFPB, cursando na Faculdade de Direito na Praça João Pessoa. A convite de José Souto, passou a escrever no jornal O Norte em 1957, na editorial Geral. Depois, passou à cobertura política da Assembleia Legislativa no tempo de José Fernandes de Lima, Pedro Gondim e Osmar de Aquino.

“Escrever no jornal é uma forma de realização pessoal. Além de dizer o que quer, isso lhe projeta, afaga muito o ego, apesar de o salário de jornalista ser indigno”, disse ele numa entrevista para Ademilson José na TV Câmara, onde contou que passou de redator a colunista de jornal. João foi, ainda presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba.

Ao ser perguntado como era ser empresário da comunicação, ele respondeu: “Empresário eu nunca fui e jamais seria. Eu não entro em nada para ganhar dinheiro. Eu entro por amor e pelo idealismo. Isso não é autoelogio, mas meu temperamento e minha vida têm sido assim”. Mas, de fato, no fim da década de 70, ele foi sócio do Correio da Paraíba.

Além de jornalista, foi durante muitos anos fiscal do Instituto do Açúcar e do Álcool, um órgão federal. Depois que saiu do Instituto, que foi extinto em 1990, advogou para os funcionários numa ação que equiparou os salários dos fiscais do órgão aos de auditor da Receita Federal.

O corpo do jornalista deve ser cremado neste sábado, mas até as 16h30 ainda não haviam sido definidos os ritos de despedida.

Confira o Câmara Aberta especial com João Manoel de Carvalho:

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