A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) se reuniu para debater políticas públicas e estratégias de enfrentamento à violência contra as mulheres. Desta vez, o encontro contou com a participação de representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Polícia Civil e de movimentos sociais.
Na reunião foram iniciadas as oitivas para ouvir os representantes dos movimentos sociais. Estavam presentes o Cunhã Coletivo Feminista e a Flor Mulher de Santa Rita. A presidente da CPI, deputada Cida Ramos, destacou que durante o encontro foram discutidos vários encaminhamentos. Entre eles, a decisão de realizar sessões itinerantes em alguns municípios paraibanos, para discutir o tema. Outra decisão foi a de convidar a deputada delegada, Marta Rocha, do Rio de Janeiro, para debater os índices da criminalidade contra a mulher.
“Nós tratamos das oitivas junto aos movimentos sociais e de como vamos conduzir os encaminhamentos desta CPI. Contamos com a participação de pessoas importantes nessa reunião para acompanhar os trabalhos, a exemplo de delegadas, professores, entre outros. Também ficou acordado o convite para que o secretário Executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde, Geraldo Antônio de Medeiros, compareça a reunião da comissão para repassar informações sobre o tema no Estado”, afirmou Cida Ramos.
A representante do Cunhã Coletivo Feminista, Idelvânia, ressaltou os principais fatores, segundo o movimento, que levam ao aumento do feminicídio. “Um dos fatores mais importantes que levam ao aumento dos crimes contra a mulher é a ausência de implementação das políticas públicas. Além da questão do orçamento, já que os feminicídios acontecem tanto no âmbito privado como no público, em circunstâncias e contextos diversos, em que as discriminações e menosprezos com a condição feminina assumem variadas formas, mais ou menos evidentes”, disse a feminista.
Cida Ramos acrescentou que dentro do cronograma de atividades da CPI estão previstas reuniões de trabalho, audiências públicas regionalizadas nas 14 regiões geoadministrativas do estado, com os prefeitos dos municípios e na Assembleia Legislativa, em parceria e consonância com a Comissão dos Direitos da Mulher da ALPB.