
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal (STF), se manifestou nesta quinta-feira sobre o incidente diplomático entre o governo dos Estados Unidos de Donald Trump e o Itamaraty. Em sessão da Corte, Moraes defendeu a soberania do Brasil e o cumprimento de decisões judiciais em solo nacional.
— Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e, com coragem, estamos construindo uma República independente e cada vez melhor.
O ministro do STF ressaltou que nesta quinta-feira são completados 73 anos da primeira sessão da Organização das Nações Unidas (ONU) em sua sede permanente, em Nova York, e citou os princípios que regem a organização, para defender as posições tomadas pelo Judiciário.
— A luta contra o fascismo, contra o nazismo, contra o imperialismo, em todas suas formas, seja presencial, seja virtual, e também a defesa da democracia e a consagração dos direitos humanos.
De acordo com Moraes, a relação entre os membros da ONU deve ocorrer sem “coação” ou “hierarquia” entre os países.
— Objetivos almejados por todos os 193 estados-membros, sem discriminação, sem coação ou sem hierarquia entre Estados, com respeito à autodeterminação dos povos e igualdade entre os países.
Após a fala de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, fez referência às investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado, que teria ocorrido em 2022, e afirmou que a “narrativa” dos que teriam apoiado essa iniciativa não irá prevalecer.
— Nós bem sabemos o que tivemos que passar para evitar o colapso das instituições e um golpe de Estado aqui no Brasil. A tentativa de fazer prevalecer a narrativa dos que apoiaram o golpe fracassado não haverá de prevalecer entre as pessoas verdadeiramente de bem e democratas.