O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) declarou nesta quarta-feira (17) que os problemas observados na represa Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, não representam riscos significativos para a região. Durante as fortes chuvas recentes no Sertão da Paraíba, a população registrou um buraco na barragem, mas os técnicos asseguram que isso ‘não indica um colapso iminente na estrutura’.
Segundo o Dnocs, o buraco surgiu devido à pressão da água das chuvas sobre uma barreira de contenção chamada de ensecadeira, que tem a função de controlar o fluxo da água quando o açude atinge seu limite máximo.
O órgão informou que, de maneira preventiva, abrirá as comportas da barragem para reduzir o risco de transbordamento. A água liberada será direcionada para o Açude São Gonçalo e, em seguida, para as Várzeas de Sousa.
O Dnocs destacou que já estão em andamento obras de reforço na estrutura da barragem e da própria ensecadeira, em colaboração com o Ministério da Integração. Essas medidas visam evitar qualquer ruptura completa da barragem.
Leia a nota:
“O DNOCS, no uso de suas atribuições, como responsável pelas Obras de Recuperação e Modernização da Barragem Engenheiro Avidos, está monitorando e tomando todas as medidas, visando mitigar os problemas registrados na aludida obra, situação esta imprevisível em função do elevado volume de chuvas registrado na região, resultando na elevação da cota do reservatório. Tal situação provocou o aparecimento de uma percolação, situada no off set de jusante da ensecadeira, requerendo adoção de medidas emergenciais, visando garantir não só a integridade da ensecadeira, bem como propiciar o disciplinamento da descarga oriunda desta estrutura. Nessa toada, o DNOCS mobilizou uma equipe que está monitorando as condições de estabilidade da ensecadeira, e, paralelamente a esta ação, está promovendo a mobilização de uma equipe especializada na montagem de equipamentos hidromecânicos, visando calar as duas comporta da nova tomada d’água na boca de montante da referida estrutura. Com essa medida, amortizaríamos os efeitos danosos de um possível colapso da ensecadeira. Nesse diapasão, também promoveremos o içamento das comportas de setor do vertedouro, aumentando a seção de descarga do mesmo. Em suma: todas as medidas de cunho técnico, e aplicáveis a situação que ora vivenciamos, estão em curso. Já mantivemos contato com o Corpo de Bombeiros e estamos repassado a corporação todas as informações que julgamos pertinentes”.