Dom Manoel Delson inicia Quaresma reforçando convite do Papa para jejum pela paz na Ucrânia


Esta quarta-feira, 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, é o dia que marca o início da Quaresma para os católicos. A Missa na Catedral, com o Arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, será às 9h da manhã. Na celebração, o sacerdote põe a cinza na testa (ou na cabeça) do fiel e diz: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó retornarás”. A citação é um versículo retirado do livro do Gênesis e é utilizado para que as pessoas lembrem que são passageiras nesse mundo. Outra frase utilizada é “Convertei-vos e crede no Evangelho”, retirado do Evangelho de Mateus. O versículo remete ao período de conversão proposto pela Igreja, que é a Quaresma.

O arcebispo da Paraíba explica que “todo tempo é tempo para se arrepender dos pecados, para uma conversão pessoal. A Igreja apenas propõe um período de interiorização, de abstinências, de sacrifícios para que o Cristão consiga perceber seus pecados, suas falhas e buscar ser uma pessoa melhor, um melhor cristão… a conversão pessoal”.

A Igreja sugere algumas ações, como jejum e penitência. “Não há obrigações para os católicos. O que existe é uma orientação, para que cada pessoa faça seu sacrifício, sua penitência, com a real intenção de mudar. Abster-se alguns alimentos ou algumas práticas, por exemplo, são caminhos de purificação espiritual. A Igreja oferece as orientações. A confissão também faz-se necessária, para que o sacerdote possa ajudar o fiel à retomar o caminho de uma vida livre de culpas e pecados”, afirma Dom Delson.

A Quaresma é o período de 40 dias, que se estende até o Tríduo Pascal, na preparação para a maior e mais importante festa da Igreja: a Páscoa (a ressurreição de Jesus).

Papa Francisco – Preocupado com a grave situação de conflito entre Rússia e Ucrânia, o Papa Francisco convocou para esta quarta-feira, 2, um dia de oração e jejum pela paz. Disse o Santo Padre na audiência-geral desta quinta-feira, dia 24: “Jesus nos ensinou que à insistência diabólica, à diabólica insensatez da violência, se responde com as armas de Deus: com a oração e o jejum. Convido a todos a fazerem no próximo 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo, de modo especial os crentes a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum naquele dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”.

Ainda na audiência, o Papa Francisco clamou aos líderes dos países envolvidos no conflito que possam chegar a um acordo pacífico, resguardando as vidas de milhares de cidadãos e cidadãs que ficam reféns do medo. “Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional. (…) Peço aos que têm responsabilidade política para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra. (…) Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte”.

Dom Manoel Delson, arcebispo da Paraíba, pede que as pessoas atendam ao pedido do Papa e realizem seus momentos de oração e jejum. “Seja em casa, em comunidade – respeitando as orientações já conhecidas – é muito importante que nos coloquemos em oração. A humanidade já tão maltratada por pandemia, conflitos, fome, desigualdades sociais, não precisa de uma guerra. Nossa força está na oração! Façamos nosso clamor chegar aos céus e que desça sobre nós a bênção da paz que vem de Deus”.

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