‘Eu vou voltar para recuperar o país’, diz Lula em 1º ato de campanha


O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou na tarde desta terça-feira (16) a sua campanha eleitoral. No discurso para apoiadores, o petista afirmou que voltará ao poder para recuperar o Brasil, e foi ovacionado.

“Eu não vou dizer ‘eu’. Eu vou dizer ‘nós’ vamos ganhar a eleição para presidente da República. Nós vamos ganhar porque esse país precisa de nós.”

A declaração do petista aconteceu na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo.

Segundo o presidenciável, nada justifica ter milhares de pessoas passando fome em um país que é o “terceiro produtor de alimentos do mundo e o maior produtor de carne”.

“Eu vou voltar para gente recuperar o país, para recuperar emprego. Esse país tem que ser respeitado outra vez, e não ter um presidente como esse que ninguém quer recebê-lo e ninguém quer vir aqui.”

Lula também disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está tentando manipular os evangélicos. Além disso, segundo o petista, o atual chefe do Executivo é “possuído pelo demônio”.

“Ele é um fariseu e está tentando manipular a boa-fé de homens e mulheres evangélicos que vão à Igreja tratar da sua fé, da sua espiritualidade. Eles ficam tentando contar mentira o tempo inteiro. Mentiras sobre o Lula, sobre a mulher do Lula, sobre vocês, sobre índios e quilombolas. Não haverá mentira e nem fake news que manterá você governando esse país, Bolsonaro”, falou.

Em seu discurso, Lula falou ainda que resolveu fazer o lançamento de sua candidatura na porta de fábrica no ABC porque foi onde tudo aconteceu em sua vida.

“Foi aqui que tomei consciência política e foi por causa de vocês que acho que fui um bom presidente da República. […] É com muito orgulho que posso dizer que vocês fizeram com que eu seja reconhecido como o melhor presidente da história republicana desse país”.

No final da fala do ex-presidente, os apoiadores cantaram “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”.

Lula estrearia a sua campanha eleitoral na metalúrgica MWM, no bairro de Jurubatuba, zona sul de São Paulo. Mas, por questões de segurança, o evento foi cancelado na segunda (15).

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o candidato ao Senado Federal, Márcio França (PSB), estavam ao lado do ex-presidente no palanque. Janja, esposa de Lula, e o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), não compareceram.

Gleisi classificou Lula como o “maior líder político e popular” da história do Brasil, e foi aplaudida pelos militantes.

A presidente do PT reconheceu que a campanha será “muito dura” porque, sem citar nominalmente o presidente Bolsonaro, o “adversário joga baixo”.

“Quando não tem projeto para o país, ele mente, mente descaradamente. Nós precisamos ser o mutirão da verdade”, pediu ela.

Já Márcio França disse que o petista é a pessoa ideal para governar o país e fazer mudança. O candidato ao Senado pelo PSB gritou “fora, Bolsonaro” e recebeu gritos da multidão.

Fernando Haddad também falou para os apoiadores. Ele exaltou Lula, afirmando que seu companheiro fez o melhor governo que o Brasil já teve.

Júlia Arbex

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