A Procuradoria-Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal a ex-primeira dama da Paraíba Pâmela Bório, que foi identificada como uma das pessoas que invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Segundo a PGR, Pâmela, de maneira livre, consciente e voluntária, tentou, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo e restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais.
“No caso específico de Pâmela Bório, há provas suficientes de sua participação nos atos violentos de 8.1.2023. A denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam, causando a totalidade dos danos descritos pelo relatório preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, disse a PGR.
Para o órgão, a denunciada participou de atos de estrago e destruição de bens especialmente protegidos por ato administrativo, porque tombados como peças urbanísticas dentro da escala monumental do projeto do Plano Piloto, assim como de suas respectivas estruturas arquitetônicas.
“A identificação de Pâmela foi realizada a partir de notícia-crime apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que encaminhou capturas de tela de publicações temporárias (stories) publicadas pela denunciada na rede social Instagram, em que retrata a si mesma nos eventos de 8.1.2023. Em seu Termo de Declarações, Pâmela indicou ser suplente de Deputado Federal e confirmou sua presença nos atos de 8.1.2023 acompanhada de seu filho menor de idade”, disse.