A Frente Parlamentar em Defesa da Democracia e Diversidade da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou reunião remota, ontem (9), através do sistema eletrônico de vídeo conferência, para discutir desafios e propostas para a garantia dos direitos e cidadania durante a crise ocasionado pela epidemia coronavírus. Foram debatidas diversas ações para facilitar a vida das pessoas nesse período de quarentena.
Os participantes demonstraram preocupação com a situação econômica, pois muitas pessoas estão sem trabalhar, o que tem tornado a vida de muitas famílias cada vez mais difícil. “A Frente em Defesa da Democracia e Diversidade vai preparar um ofício que será encaminhado para as autoridades, com todas as ações que foram discutidas durante esse encontro. A ideia foi ouvirmos e daqui elaborar encaminhamentos para solucionar os problemas debatidos”, disse a presidente da Frente, a deputada Estela Bezerra.
A deputada Cida Ramos afirmou a necessidade de contextualizar estratégias de enfrentamento, que ampliem a proteção das pessoas nesse período de isolamento. “As forças produtivas não conseguem prover esse momento de crise. Os serviços de acolhimento para a criança, os serviços de atendimentos para pessoas que vivem nas ruas estão colapsados”, destacou a parlamentar.
O presidente da ADUF-PB, Fernando Cunha, ressaltou que o desafio é entender o lugar daqueles que mais necessitam. “Os desafios postos são grandes e inusitados, pois o que está acontecendo é tudo muito novo. Um cenário em que o mundo precisou ficar em quarentena em função de uma situação sanitária. Não temos o total de subnotificações de casos e mortes. Nos preocupamos com a nossa infraestrutura da Saúde para comportar todos os pacientes, além da questão econômica em que muitos trabalhadores estão sem uma renda mínima”, disse.
A representante da Comissão Pastoral da Terra, Tânia Maria de Souza, afirmou a importância de pensar o pós pandemia, pois, segundo ela, o desemprego e a fome estarão em um nível difícil. “Estamos preocupados com esse período, pois com essa situação a produção no campo está sendo difícil para comercializar. As feiras agroecológicas tiveram uma queda econômica e está tendo muito prejuízo. O que queremos é uma alternativa para que possamos contribuir com a abertura das feiras .Temos que defender renda básica, cesta básica, classe trabalhadora”, comentou.
A representante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Joana Darc da Silva, parabenizou a iniciativa da ALPB em promover debates e reforçou a atenção às mulheres. “Nesse momento temos feito um grande esforço na questão da segurança das mulheres, já que a quarentena tem aumentado um pouco o número de casos de violência contra a mulher. Estamos incentivando para que elas denunciem. Temos que cobrar junto ao Estado ações sociais para implementar parte das demandas que tínhamos. Outra coisa que queremos é a garantia de que o Governo amplie a aquisição de testes. Sem eles não temos como aplicar uma política mais séria”, disse.