O KC-30, aeronave da Força Aérea Brasileira designada para o primeiro voo de resgate de brasileiros na zona de conflito no Líbano. Tem capacidade para cerca de 240 lugares. Foto: FAB / Divulgação
A partir de decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governo Federal brasileiro anunciou a realização, nesta quarta-feira, 2 de outubro, do primeiro voo para repatriar brasileiros na zona de conflito no Líbano.
A Força Aérea Brasileira designou uma aeronave KC-30 para o voo de resgate. O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Beirute, no Líbano, com escala prevista na cidade de Lisboa, em Portugal. O horário ainda será confirmado.
Além dos tripulantes operacionais, a tripulação será composta por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo), que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão. “Eu acho que é importante. Nós vamos fazer isso em todo o lugar que for preciso”, afirmou o presidente Lula, em conversa com jornalistas no México, nesta quarta-feira. O presidente está no país para a posse da presidenta Claudia Sheinbaum.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a colônia brasileira no Líbano tem tido contato permanente com a embaixada brasileira. “Já estamos com uma lista que estamos preparando. Nesse primeiro voo serão cerca de 230, 240 pessoas no máximo. É a capacidade do avião, mas haverá outros na medida da necessidade”, explicou. O retorno do KC-30 ao Brasil fica condicionado às coordenações e protocolos adicionais.
A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio está no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país. Na semana passada, os bombardeios israelenses no país causaram a morte de dois adolescentes brasileiros.
AERONAVE – O KC-30 que será usado neste primeiro voo de repatriação é um avião com cerca de 240 lugares, autonomia para até 14.500 quilômetros e foi usado várias vezes nos voos humanitários de resgate de brasileiros na zonas de conflito em Israel e em Gaza desde o início da crise Oriente Médio, em outubro de 2023.