O lançamento da 35ª edição do Salão do Artesanato Paraibano ocorreu na manhã desta terça-feira (10), na Orla da Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, no mesmo espaço em que o evento será realizado de 13 de janeiro a 5 de fevereiro. A solenidade de lançamento foi prestigiada pela primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, além de outras autoridades.
O tema do 35° Salão do Artesanato Paraibano é “Artesanato Indígena”, mostrando toda a riqueza cultural dos primeiros habitantes do País, representada aqui no Estado principalmente pelas etnias Potiguara e Tabajara. Ao todo, o Salão terá a participação de 537 artesãos, número recorde e que vai trazer a riqueza do nosso artesanato produzido do Litoral ao Sertão. O evento é uma realização do Governo do Estado e Sebrae-PB.
Em seu discurso, Ana Maria Lins destacou a satisfação pelo lançamento do 35° Salão do Artesanato Paraibano. “Estou muito feliz, no início da segunda gestão do governador João Azevêdo, estar aqui no lançamento do 35° Salão do Artesanato Paraibano. Um grande evento que evidencia a cultura paraibana, homenageando a cultura indígena, exaltando seus costumes tradicionais”, afirmou a presidente de honra do PAP, ressaltando a diversidade trazida pela participação de mais de 500 artesãos.
“Em todo Salão, a entrada é gratuita, mas pedimos a colaboração da população para trazer um quilo de alimento não perecível, cuja arrecadação vai ajudar entidades na Capital”, conclamou Ana Maria Lins em outro momento.
A secretária de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), Rosália Lucas, disse que o grande número de artesãos é o resultado dos investimentos que o Governo do Estado tem feito no segmento. “Desde a primeira gestão, o governador João Azevêdo tem investido no Programa do Artesanato Paraibano, o que tem gerado grandes resultados e confiança do artesão, da artesã, no nosso trabalho. Teremos, a partir de sexta-feira, um grande evento, que será prestigiado pela população paraibana e por turistas do Brasil e do mundo, já que ocorre na alta estação”, comentou.
A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, ressaltou os números do Programa para exemplificar o quanto os investimentos do Governo do Estado têm tornado o segmento ainda mais promissor. “Na primeira gestão, foram comercializados mais de R$ 4 milhões só com eventos aqui na Paraíba. A nossa meta é dobrar esse número. Isso tem como resultado a forma de como o artesanato paraibano tem sido encarado: tanto para o governador João Azevêdo quanto para a nossa presidente de Honra do Programa, além de ser cultural, o artesanato tem a sua importância econômica inequívoca”, acrescentou.
O secretário executivo da Comunicação Institucional, Fábio Barros, destacou que a realização do Salão do Artesanato Paraibano, no mês de janeiro, em João Pessoa, e no mês de junho, em Campina Grande, representa um compromisso social. “É a valorização de todo um segmento que gera emprego e renda, numa época cheia de turistas, o que potencializa tanto a parte econômica quanto cultural do evento”, evidenciou.
O diretor-técnico do Sebrae-PB, Lucélio Cartaxo, evidenciou a importância da parceria entre o Governo do Estado e o órgão no desenvolvimento do artesanato paraibano. “É um evento já consolidado, que nos oferece a oportunidade de divulgarmos a nossa cultura e nesta edição está de parabéns por prestigiar a cultura indígena. É um evento que culmina com o trabalho de capacitação que promovemos ao longo do ano”, acrescentou.
O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de João Pessoa, João Bosco, disse que, por conta do período do ano, o 35° Salão do Artesanato Paraibano “será uma grande oportunidade de divulgação e de comercialização do segmento. A estimativa é que João Pessoa tenha um índice recorde de turistas. Então, é uma oportunidade muito grande para os artesãos divulgarem bem e vender os produtos que serão trazidos para esta exposição”, completou.
A etnia Tabajara foi representada pela indígena Talita Brito. “Nunca recebemos nenhuma homenagem nessas 34 edições do Salão. Pedimos ao governador João Azevêdo uma forma de desenvolver ainda mais o nosso artesanato. Essa homenagem vai divulgar ainda mais o nosso trabalho”, comemorou.
O Evento – O Salão do Artesanato Paraibano vai funcionar das 15h às 22h, todos os dias da semana, em uma megaestrutura montada — totalmente climatizada — na Orla de Cabo Branco, logo após o Jangada Clube. A entrada é gratuita, mas a gestão do PAP pede que a população leve um quilo de alimento não perecível, cuja arrecadação após o evento será destinada a entidades que atendem pessoas em condição de pobreza.
A estimativa da gestão do PAP é que passem pelo Salão do Artesanato Paraibano 120 mil pessoas, gerando um volume de negócios em torno dos R$ 2 milhões — entre vendas e encomendas. Além do artesanato indígena, outras tipologias também estarão presentes no evento: renda renascença, brinquedos populares, cerâmica, madeira e metal, por exemplo, além do melhor de bebidas e da gastronomia regional.
Assim como em outras edições, o Salão do Artesanato Paraibano vai contar com uma série de parcerias com órgãos e autarquias do Governo do Estado, prestando atendimento e facilitando o dia a dia do público visitante.
Estrutura ambientada e climatizada – Com uma área de mais de 3,6 mil metros quadrados, a 35ª edição do Salão do Artesanato Paraibano vai propor uma verdadeira imersão na cultura indígena, com uma cenografia projetada sob medida.
Rosemildo Jacinto, arquiteto responsável pela ambientação, adiantou alguns detalhes do projeto. “A fachada a gente está trabalhando com a marcação do grafismo, usado hoje em dia nas aldeias na pintura de corpo. Tivemos essa referência para imprimir nas lonas da fachada principal”, explicou.
“Além disso, estamos trazendo alguns elementos cenográficos, como duas canoas que são utilizadas pelos indígenas na atividade da pesca, e também a montagem pelos próprios indígenas de duas ocas e elementos do cotidiano deles”, prosseguiu o arquiteto.
A ambientação do espaço vai contar ainda com um corredor sensorial, onde o visitante será recebido com músicas da cultura indígena usadas na dança do toré, além de alguns incensos de ervas conhecidas pelos indígenas há centenas de anos, entre outros detalhes.
O também arquiteto Gustavo Vaz destacou que todo o projeto foi pensado para surpreender quem for prestigiar o Salão. “Temos o desafio de fazer algo não repetitivo, claro, mas tendo em mente de que tem de ser um circuito onde os visitantes passem por todas tipologias, dando oportunidade igual de divulgação e comercialização a todos os artesãos”, ressaltou.
Brasilidade ‐ O artesanato indígena é a mais pura expressão da produção artesanal brasileira. Ele está presente em praticamente todas as etnias, já que os indígenas utilizam a habilidade para confeccionar utensílios e adornos.
A maioria dos produtos é elaborada com materiais retirados da própria natureza e que estejam em abundância na região. Cestaria, cerâmica, entalhe em madeira, montagem de bijuterias com sementes e penas são os mais produzidos a partir da técnica de trançados em fibra.
A solenidade de lançamento do 35° Salão do Artesanato Paraibano foi prestigiada por Naná Garcez, presidente da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC); Lídia Moura, secretária da Mulher e Diversidade Humana; Ruth Avelino, presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTtur); Gregoria Benário, presidente da Junta Comercial da Paraíba (Jucep); Késsia Cavalcanti, superintendente da Autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PB); entre outros auxiliares do Governo do Estado, assim como auxiliares de municípios como o de Baía da Traição, no Litoral Norte do Estado.