O jornal britânico The Guardian chamou o ato de “desfile de República de Bananas” e ainda comentou que aliados do presidente usaram imagens de desfiles na China em postagens sobre o evento. O jornal também destacou que o ato durou “apenas dez minutos” e que os tanques soltavam fumaça. Ainda cita a baixa presença de apoiadores e que críticos classificaram o desfile de “fiasco”.
O jornal francês Le Monde destacou que o desfile era “inédito” nos 30 anos da democracia, em um momento de queda de popularidade de Bolsonaro diante da morte de 564 mil pessoas no Brasil devido à pandemia da covid-19.
A publicação afirma que há no Brasil um temor de um “cenário a la Trump”, numa situação de um presidente que se recusa a deixar o poder. “Bolsonaro, que sabe que as instituições de Brasília são mais frágeis que as de Washington, não faz nada para dar garantias”. E lembraram declaração do presidente, em janeiro: “Se não tivermos voto impresso em 2022, teremos um problema pior que nos EUA”.
Em Portugal, Bélgica, Canadá ou Estados Unidos, a imprensa também fez uma relação entre o desfile e a situação pouco confortável de Bolsonaro nas eleições de 2022.
O comboio da Marinha atravessou, nesta terça-feira, a Esplanada dos Ministérios e desembarcou em frente ao Palácio do Planalto para entregar ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, o convite do maior exercício militar da Marinha, a Operação Formosa, no dia 16.