Morreu, vítima de infarto neste domingo (13), o jornalista e advogado campinense, Chico Maria. Ele estava internado desde a semana passada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Campina Grande, onde tratava-se de problemas cardíacos.
Entre meados de 70, 80 e 90, Chico Maria atuou no programa o “Confidencial”, apresentado na TV Borborema, dos extintos “Associados”, em Campina Grande. Na TV Cabo Branco, afiliada da Globo em João Pessoa, apresentou o “Paraíba Meio Dia”, juntamente com o jornalista Nonato Guedes. Ele entrou para a história do jornalismo e ficou conhecido pela fama de questionador. Em seus programas, inúmeras personalidades de destaque como Pelé, Luís Carlos Prestes, Dom Hélder Câmara, Leonardo Boff, Ariano Suassuna, eram desafiadas com perguntas ousadas que se diferenciava, do tradicional feito na época.
Chico Maria foi delegado de polícia da cidade e chefiou a polícia paraibana no governo Pedro Gondim. Passou a publicar crônicas e reminiscências pessoais e locais numa coluna no “Diário da Borborema”, o principal jornal de Campina Grande. Tornou-se uma revelação, porém, como entrevistador.
O prefeito de Campina Grande, Brunho Cunha Lima (PSD) lamentou a morte do jornalista e decretou luto de três dias no município.
“Campina Grande perde uma das grandes referências na comunicação, nas letras, na advocacia e na sua história de um modo geral. Chico Maria foi um expoente, um ícone. Ao mesmo tempo em que lamento sua morte, levo meus sentimentos à toda sua família pela grande perda, nessa hora de dor”, lamentou o gestor.
Francisco Maria Filho foi membro da Academia de Letras de Campina Grande e um dos nomes mais conhecidos pelo seu trabalho como jornalista e escritor.