A jornalista Pâmela Bório foi alvo de uma queixa-crime impetrada pelo juiz Aluizio Bezerra Filho apontando a prática de calúnia, injúria e difamação. O motivo do processo foi uma participação da ex-primeira dama do Estado em um evento em prol da Operação Lava Jato, no Busto de Tamandaré, no dia 7 de abril deste ano. Em um trio elétrico, ela fez críticas ao judiciário paraibano, considerado na ocasião como “cooptado e corrupto”. Mas, Pâmela também se referiu diretamente ao magistrado: “Desembargador Aluízio Bezerra que sempre facilita as ações do governo do Estado da Paraíba, a sua hora está chegando também, senhor, Vossa Excelência. E Vossa Excelência é só um exemplo. Temos uma lista de juristas”, disse.
“Na ocasião, foram proferidas ilações desnecessárias e desprovidas de qualquer elemento probatório que conferisse ao menos lampejos de veracidade à narrativa. A querelada aproveitou-se do momento para inflamar a população contra o Poder Judiciário e utilizou-se do nome do querelante para imputar acusações gravíssimas ao mesmo, que foram amplamente difundidas na internet por meio de sites de notícias, blogs e redes sociais como se verdade fossem”, narra a peça acusatória.
Em outro ponto, a queixa-crime cita que Aluizio recebeu 17 convocações para substituição de desembargador no Tribunal de Justiça da Paraíba e que apresenta “desenvoltura exemplar e eficiente”. O juiz jamais foi processado administrativamente e não possui nenhuma infração funcional registrada em toda a sua carreira, conforme certidão do TJPB anexa à ação.
Por causa de suas declarações, Pâmela recebeu uma nota de repúdio da Associação dos Magistrados da Paraíba.