O presidente eleito Lula (PT) chorou nesta quinta-feira (10) durante um discurso em Brasília ao afirmar que mantém o compromisso com combate à fome no país.
Lula discursou nesta quinta durante uma reunião com políticos aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição de governo. Entre os presentes ao encontro também estavam o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
“Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café, estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da vida”, disse Lula.
Nesse instante, o presidente eleito começou a chorar. Lula, então, foi aplaudido pelos presentes ao encontro.
Na sequência, Lula retomou a palavra e disse que “jamais esperava” que a fome “voltasse” ao Brasil.
Segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, mais de 30 milhões de pessoas passam fome no Brasil.
“Desculpem, mas o fato é que eu jamais esperava que a fome voltasse a este país. Jamais. Quando deixei a Presidência da República, imaginava que nos dez anos seguintes este Brasil estaria igual à França, estaria igual à Inglaterra, teria evoluído do ponto de vista das conquistas sociais”, acrescentou.
Alckmin
No mesmo discurso, Lula disse que Alckmin não será ministro do futuro governo.
Ex-governador de São Paulo, Alckmin coordena a equipe e dividiu os trabalhos em grupos, que discutem, por exemplo, saúde, desenvolvimento social e economia.
Ainda no discurso, Lula afirmou que os “perdedores” da disputa eleitoral vão ter o direito de “escrever” a história do país e participar do processo de transição de governo.
“A gente costuma dizer que quem conta a história de uma nação são os vencedores, os perdedores não tem o direito de escrever. Nesse caso eu queria dizer pra vocês: os perdedores vão ter o direito de escrever e vão ter o direito de participar desse processo de transição e desta governança”, afirmou o presidente eleito.