Lula diz que sai sem ódio

Em discurso histórico, ao ganhar liberdade depois de 580 dias mantido como preso político, o ex-presidente Lula diz que sai sem ódio, mas que vai rodar o País para combater o desmonte e defender a soberana nacional. “As portas do Brasil estarão abertas para que eu possa percorrer esse país”, disse Lula (assista ao viv

Após dezenas de reviravoltas na Justiça, com decisões políticas e persecutórias, que aceleraram a tramitação de seus processos e negaram diversos recursos que tentavam recuperar sua condição de inocente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente deixou a prisão na tarde desta sexta-feira, 8 de novembro de 2019, após 580 dias preso politicamente.

“Todo santo dia, vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice que um lado podre do estado brasileiro, da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal, da Receita Federal que trabalharam para criminar o PT, criminar o Lula”, discursou Lula. “Eles não prenderam um homem, tentaram matar uma ideia. E uma ideia não se mata, uma ideia não desaparace”, afirmou.

Lula criticou o governo de Jair Bolsonaro e precarização dos trabalhadores brasileiros. “O povo está trabalhando de Uber, o povo está trabalhando de bicicleta entregando pizza, o povo está trabalhando sem nenhum respeito”, afirmou.

O ex-presidente também criticou a farsa jurícia que foi montada pela operação Lava Jato para condená-lo e prendê-lo. “Se pegar o Moro e o Dallagnol e bater em um liquidificador não dá 10% da honestidade que eu tenho”

Assim como ocorreu com sua prisão, em abril de 2018, uma multidão aguardava por horas a saída do petista em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, com cantos e gritos. Logo que deixou a cela, Lula se dirigiu aos militantes que moraram no local por todo o período da prisão para agradecer pelo apoio. Em seguida, ele seguirá para São Bernardo do Campo, onde deverá fazer um discurso na manhã deste sábado 9.

Lula deixou a prisão um dia depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, por 6 a 5, contra a antecipação da pena para réus condenados em segunda instância.

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