Macron ganha eleições na França e extrema direita fica “chupando os dedos”


Projeções de boca de urna apontam que Emmanuel Macron foi reeleito presidente da França neste domingo. Segundo as pesquisas, ele ganhou as eleições com 58% dos votos. Sua rival, a candidatada da direita radical Marine Le Pen, ficou com 42%.

Essas projeções divulgadas pela imprensa francesa usam uma combinação de resultados reais e pesquisas de boca de urna – são consideradas muito confiáveis. O resultado oficial deve ser divulgado ainda neste domingo.

Analistas afirmam que, no segundo turno das eleições francesas, o político centrista se beneficiou mais do sentimento de rejeição de parte do eleitorado em relação à Le Pen, com votos destinados a barrar a chegada da direita radical ao poder, do que de uma real adesão às suas ideias e ao seu programa de governo.

O resultado deste pleito, no entanto, mostra que Le Pen cresceu em relação às eleições de 2017, quando Macron a a venceu com 66% dos votos – ela teve 33% naquele ano.

Em discurso logo após a divulgação das pesquisas, Macron agradeceu a todos que votaram nele. Disse estar ciente de que parte das pessoas o escolheram não tanto por suas qualidades, mas para barrar o avanço da extrema-direita no país.

Ele também fez um aceno aos eleitores da rival. “De agora em diante, não sou mais o candidato de um campo, mas o presidente de todos. Falo àqueles que votaram na extrema-direita que minha responsabilidade e a de minha equipe será também abordar suas preocupações”, disse.

“Vou trabalhar por uma sociedade mais justa, e igualdade entre homens e mulheres”, afirmou. “Precisamos mostrar respeito porque nosso país está tão dividido… Ninguém será deixado de lado”, disse Macron.

Marine Le Pen também se pronunciou após a divulgação das pesquisas. Disse que “o resultado ainda é uma vitória para seu partido (Reagrupamento Nacional).”

“Respeito o veredicto das urnas”, disse ela.

Le Pen acrescentou que continuaria sua luta na política francesa – anteriormente, a candidata havia dito que poderia deixar a política se perdesse as eleições deste ano.

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