Minirreforma eleitoral: Senado adia votação e regras não valerão para eleições municipais de 2024

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial.
Na ordem do dia o PL 3.385/2021, que institui o Programa Emergencial de Aprendizagem dos Estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio e de Acolhimento à Comunidade Escolar das Redes Públicas de Educação Básica (PEAA). Também está na pauta projeto que cria um sistema integrado de protocolo dos processos judiciais (PLC 56/2015).
À mesa, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conduz sessão.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senado Federal decidiu nesta terça-feira (3) adiar a votação da minirreforma eleitoral e, com isso, as regras previstas nos textos não estarão em vigor nas próximas eleições municipais, em outubro de 2024.

A decisão foi anunciada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), apontado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como futuro relator da proposta. Oficialmente, porém, a designação ainda não ocorreu.

“A minirreforma eleitoral não será votada pelo Senado nesta semana, o que inviabiliza sua aplicação para as eleições de 2024. O Senado preferiu se dedicar com mais profundidade ao Código Eleitoral, já sob minha relatoria, e fazer uma reforma eleitoral mais ampla e consistente”, escreveu em uma rede social.

As eleições de 2024 acontecerão no dia 6 de outubro, primeiro domingo do mês. A Constituição prevê que as regras não podem ser alteradas a menos de um ano da votação.

Ou seja: a minirreforma só valeria em 2024 se fosse aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até esta sexta (6), o que não vai acontecer.

Em setembro, Pacheco já havia indicado que não havia disposição dos senadores para aprovar com “pressa” as mudanças aprovadas pela Câmara nas regras eleitorais.

Entre as principais mudanças que a minirreforma pretendia implementar estavam:

compartilhamento de campanhas entre partidos diferentes
proibição de candidaturas coletivas
obrigatoriedade de transporte público gratuito nas eleições
flexibilização do uso de recursos públicos pelos partidos
cotas para candidaturas de negros e mulheres
cotas para vagas de mulheres e negros no Legislativo
menos tempo de inelegibilidade para políticos condenados.

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