Mocidade Alegre é campeã de São Paulo após nove de jejum


A Mocidade Alegre é campeã do Carnaval de São Paulo 2023! A escola, que acumula 10 títulos em sua história, não vencia desde 2014. Neste ano, ela levou para o Sambódromo do Anhembi um enredo sobre a história do samurai negro Yasuke e teve a vitória confirmada nesta terça-feira (21). Terceiro Milênio e Vila Maria foram rebaixadas do Grupo Especial para o Acesso.

A Mocidade desfilou no segundo dia de apresentações e impressionou, principalmente, pelas fantasias e carros alegóricos elaborados e “diferentões”. A rainha de bateria Aline de Oliveira usou uma máscara de dragão que abria e fechava sozinha. A coreografia dos integrantes da bateria também surpreendeu o público.

A apuração começou com predomínio da nota 10. Apenas a Acadêmicos do Tucuruvi perdeu um décimo já no primeiro quesito: Harmonia. A ordem da leitura de quesitos tinha sido definida na segunda (20), por sorteio, determinando inclusive os critérios de desempate e determinando que não houve penalidades graves que levassem ao desconto de nota.

Ao término do terceiro quesito, Enredo, sete escolas ainda estavam empatadas na primeira colocação. Foi apenas no quatro quesito, Alegoria, que as coisas começaram a mudar, com uma grande distribuição de notas 9,9 e 9,8 por parte dos jurados. A partir daí, foram Mancha Verde, campeã no ano passado, e a Mocidade Alegre que tomaram a dianteira.

Ao todo, 14 escolas participaram dos desfiles do Grupo Especial. A primeira noite foi marcada por apresentações mornas, tendo se destacado as escolas Rosas de Ouro, Tom Maior e Gaviões da Fiel com enredos que trataram temas espinhosos, como racismo e intolerância religiosa. Já na segunda, foram Mancha, Mocidade e Casa Verde que empolgaram com homenagens à África e ao Nordeste.

Ao início da apuração, que começou por volta das 16h, o locutor Zulu fez um discurso sobre o orgulho de ser negro. Na tarde desta terça-feira (21), a Liga das Escolas der Samba de São Paulo já havia divulgado uma nota se opondo “às falas de cunho racista, manifestadas por falta de conhecimento durante o início do desfile da X-9 Paulistana, no último domingo (19)”.

Na ocasião, o presidente da escola, mestre Adamastor, pediu que os membros da escola erguessem os punhos cerrados — símbolo da luta antirracista— e completou que isso não significava “porr* nenhuma”. Após a repercussão negativa, ele disse que suas falas “eram para motivar os integrantes da escola e que não houve nenhuma relação com banalização ou racismo”.

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