O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação de quatro ex-secretários e mais 17 investigados no âmbito da Operação Famintos. As alegações finais no processo que apura o envolvimento de servidores e ex-servidores em fraudes na merenda escolar de Campina Grande, na gestão passada, foram apresentadas ontem pelo MPF.
O MPF pediu a condenação do ex-secretário de Administração da prefeitura de Campina Grande, Paulo Roberto Diniz, e dos ex-secretários de Educação Rodolfo Gaudêncio, Iolanda Barbosa (Educação) e Verônica Bezerra (Educação); além de outros 17 investigados.
O ex-secretário Paulo Roberto Diniz é apontado como “líder” do grupo, cuja ação teria provocado desvios na merenda superiores a R$ 11 milhões.
“O denunciado Paulo Roberto Diniz de Oliveira, consciente e voluntariamente, exerceu a liderança do núcleo político da organização criminosa, desde 2013, atuando diretamente nos contatos com o líder do núcleo empresarial, Frederico de Brito Lira, em ação coordenada para dispensar indevidamente as licitações, frustrar-lhes o caráter competitivo e viabilizar o desvio dos recursos públicos em benefício das empresas da ORCRIM”, relata a procuradora da República Acácia Suassuna no documento.
A ação faz parte da Operação Famintos, que resultou na condenação, em 1º grau, de um vereador e mais 15 empresários envolvidos em irregularidades.