Moraes ameaça prender diretor da PRF caso ele não acabe com bloqueios

Ministro também autorizou afastamento de Silvinei Vasques da direção-geral da PRF e estipulou multa diária e pessoal de R$ 100 mil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (31) que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares estaduais dispersem todos os bloqueios bolsonaristas de rodovias sob pena de multa pessoal ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, no valor de R$ 100 mil diários para o não cumprimento da decisão.

“Que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas polícias militares estaduais – no âmbito de suas atribuições – , todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder executivo federal e dos poderes executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido”, diz trecho da decisão.

Além disso, Moraes também autorizou o afastamento de Vasques da direção-geral da PRF e ameaçou prendê-lo no caso do descumprimento persistir. A decisão atende a pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador-geral eleitoral.

Embalados por discursos de não aceitação do resultado eleitoral repassados por WhatsApp, bloqueios de caminhões começaram a tomar estradas importantes de Santa Catarina e do Mato Grosso horas depois do anúncio dos resultados da apuração, na última madrugada. Com o passar das horas se espalharam para 18 estados. Realizados em locais onde há redutos do bolsonarismo, os atos logo ganharam a adesão de moradores, também indignados com a derrota. Enquanto isso, nada do presidente se pronunciar.

Bloqueios de caminhões foram registrados desde a noite de domingo em estradas importantes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Tocantins, Acre, Amazonas, Acre, Roraima, Pará, Rondônia, Bahia e Maranhão.

*Com informações do G1

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