O padre Egídio de Carvalho foi beneficiado com prisão domiciliar, porém deverá utilizar uma tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada pelo juiz José Guedes Cavalcanti no final da manhã desta quinta-feira (18). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) manifestou-se favorável a que Padre Egídio respondesse aos processos em que é investigado em prisão domiciliar. O religioso está detido desde novembro de 2023. As informações foram divulgadas nos programas Tribuna Livre da TV Arapuan e Paraíba Verdade na rádio, com Samuka Duarte e Diego Lima, do Sistema Arapuan de Comunicação.
A decisão foi tomada após Egídio passar por uma cirurgia no último sábado (13), devido a fortes dores na região abdominal. Desde então, o religioso está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed, em João Pessoa. De acordo com o último boletim médico, divulgado pelo hospital, o padre continua na UTI, mostrando progresso no tratamento e com um quadro clínico estável.
Foi mencionado na decisão do juiz: ‘Como se vê, a hipótese em discussão encontra amparo na legislação vigente. De acordo com os documentos apresentados, Egídio de Carvalho Neto passou por uma cirurgia abdominal de emergência para a remoção de um tumor, permanecendo internado na UTI do Hospital Unimed. Esses fatores, juntamente com outros problemas de saúde que ele apresenta, o colocam na condição de “debilitado por doença grave”, havendo base legal para a concessão do pedido’.
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O caso de Egídio envolve acusações de desvio de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Na decisão atual, o juiz determinou o uso da tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em João Pessoa e outras medidas cautelares. Desde sábado, Egídio está hospitalizado no Hospital Unimed após a cirurgia. O ex-diretor Padre Egídio de Carvalho Neto e as ex-funcionárias Jannyne Dantas e Amanda Duarte do Hospital Padre Zé estão sendo investigados pelo GAECO do MPPB por desviar cerca de 140 milhões de reais da instituição de saúde. O religioso se viu envolvido em um escândalo de corrupção após uma denúncia de roubo de celulares.
‘Como se vê, a hipótese em discussão encontra amparo na legislação vigente. De acordo com os documentos apresentados, Egídio de Carvalho passou por uma cirurgia abdominal de emergência para a remoção de um tumor, permanecendo internado na UTI do Hospital Unimed. Esses fatores, juntamente com outros problemas de saúde que ele apresenta, o colocam na condição de “debilitado por doença grave”, havendo base legal para a concessão do pedido’, destaca um trecho da decisão.