Uma postagem em uma rede social oficial da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe (PRF/SE), feita na madrugada desta quinta-feira (29), pedia doações para o ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de chaves PIX. A corporação informou, em nota, que foi alvo de “ataque hacker”.
Ainda segundo a PRF, “todas as publicações feitas dentro desse período foram de origem criminosa”, e que está tomando todas as “providências cabíveis visando a apuração dos fatos e restauração da conta”. Após as 9h, a publicação saiu no ar.
O post dizia que a instituição “decidiu colaborar” com o ex-presidente e pedia que aqueles que apoiam a causa fizessem doações por uma chave PIX. A publicação ainda trazia um QR Code onde seria possível fazer a doação. Apesar disso, tanto a chave, quanto o código, não funcionam. Os comentários na publicação foram desabilitados.
Nos últimos dias, aliados de Bolsonaro, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), pediram doações para ajudar o ex-presidente a pagar multas em processos judiciais que enfrenta.
A publicação foi feita no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, que pode torná-lo inelegível.
Ele é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo.
Na terça-feira (27), o ministro relator, Benedito Gonçalves, votou para tornar Bolsonaro inelegível. Nesta quinta-feira, o julgamento deve começar com o voto do ministro Raul Araújo.
Se a maioria dos ministros concordar com o relator, Bolsonaro sairia do julgamento inelegível até 2030. Ele não poderia, portanto, nem disputar as eleições municipais nem as estaduais e federais.
Do g1