PORQUE HOJE É SÁBADO

1 – O vereador Mário da Gama e Melo fazia campanha para mais um mandato, pedindo votos aos eleitores do baixo Róger, quando chegou a uma casa e deparou-se com um cachorro olhando para ele e latindo. Imediatamente correu e ficou trepado num pé de siriguela, até que o dono da casa apareceu e tentou tranquilizá-lo:

-Tenha medo dele não, doutor Mário, pode descer daí pois o bichinho é de caça e só morde viado!

– Agora é que eu não desço mesmo! -, respondeu Gama e Melo, lá do alto do pé de siriguela.

 

2 – Luiz de Zeca, cantador de viola lá pras bandas de Jurema, olhou para o rabo carnudo da filha do prefeito e lhe passou esta cantada, em versos e ao som da viola:

Se São Judas Tadeu
Se o Califa de Bagdá
Se o Conde que é Conde D´eu
Por que você não me dá?”

 

3 – Houve uma viagem a Portugal, feita por um grupo de paraibanos. Nesse grupo havia jornalistas e políticos. Um político do grupo, conforme me contaram, viajou sem a mulher e, com medo da solidão, passou os dias portugueses comendo o chibiu de uma jornalista paraibana.

Inda bem que usaram camisinha e a moçoila não emprenhou.

 

4 – Marluce, mulher de Zé Lambreta, reclamava com ele, depois de vê-lo chegar em casa, em Mossoró, em plena manhã, vindo de mais uma noitada no cabaré da cidade.

-Homem é bicho safado, não vale nada. É uma desgraça que devia ser varrida da terra.

Zé ouviu e, concordando, sentenciou:

-Taí uma verdade, minha filha. Por isso é que casei com uma mulher.

5 –  sargento Onofre, quando delegado de Princesa, começou a interrogar Luiz Roberto, um dos mais temíveis pistoleiros do sertão, que respondia a um processo por assassinato.

E começou a ditar para o diligente escrivão:

-O réu sacou da pistola…

O escrivão o interrompeu:

-Sargento, pistola se escreve um um “L” ou com dois?

O delegado, estufando o peito, respondeu, importante:

-Depende. Se tiver só um cano é com um “L”. Agora, se tiver dois canos, claro que é com dois “Ls”.

6 – Geraldo de Izidro gostava de contar pabulagem. Certa vez foi tocar em Conceição, com o conjunto de Zé de Minininha e, pela madrugada, já no hotel, chegou dando a notícia:

-Rapaziada, tô comendo um negócio de televisão.

O nego Heronildes, tocador de pandeiro e gozador emérito, emendou lá da sua cama:

Já sei, é o controle remoto.

 

7 – Zé Gojoba passava em frente à casa de Chico Militão, em São Mamede, quando o avistou mexendo numa lata. Perguntou o que ele fazia e Militão respondeu que preparava tinta para pintar as portas da casa, a fim de matar os bichos. Aí Zé, cheio de esperança, pediu:

-Se sobrar um restinho, me empreste, para eu passar na mulher lá em casa.

 

8 – O professor Almeida, também conhecido por “Professor Pindá”, esteve esta semana em Florianópolis participando de um congresso que reuniu, além dele, vários secretários de Estado. Depois das conferências, ele e o secretário de Justiça de Alagoas, Tutmós Airan, começaram a sentir falta de mulher e pediram ao gerente do hotel que lhes arranjasse duas catarinentes quentes. Feita a ligação, chegaram duas deusas loiras, estonteantes, que se transformaram logo nas amadas da dupla. Conversa vai, conversa vem, eis que Almeidinha perguntou como era o esquema. E a loira que estava perto dele não se fez de rogada:

-Aqui a gente cobra por hora. Cada hora custa R$120,00.

Foi aí que Almeidinha, relembrando seus tempos de cangaceiro itaporanguense, não se conteve:

-Florianópolis é o único lugar do mundo onde rapariga tem taxímetro!

 

9 – Manoel e Joaquim, dois portugueses trazidos a João Pessoa pelo conterrâneo Oswaldo de Simone, alugaram uma sala no último andar do edifício 18 Andares e, quando a visitavam, faltou energia. O calor sufocante e o escuro fizeram com que eles decidissem tirar as roupas. Estavam nus no escuro quando Joaquim perguntou:

-Manoeli, estás a bater uma punheta?

-Estou, Joaquim. Como sabes?

-É que estás a bater em mim.

-Ah! É por isso que eu bato, bato e não gozo nunca.

 

10 – Kidute Maximiano, ou Kidute de Né Maciano, tinha fama de homem feio. Baixinho, gordinho, cara de bacurim ceivado, sem pescoço, barriga proeminente, uma baba constante a correr pelo canto da boca, fazia ponto no jogo da Rua do Ferreiro, numa manhã de sábado, em Princesa, quando avistou aquele galego bem vestido, carregando uma bolsa de executivo – naquele tempo se chamava bolsa de viajante – se dirigindo para ele.

O tal galego tinha umas contas para acertar com Tomé da Lagoa da Cruz, o homem mais feio do mundo, tão feio que nem as lombrigas quiseram comê-lo quando morreu, tanto que cinco anos depois de sua morte o desenterraram e ele estava intacto. Como não conhecia Tomé, o orientaram a identifica-lo entre os mais feios que avistasse de Princesa até Lagoa da Cruz. Ao ver Kidute, o tal viajante não teve dúvidas. Caminhou na sua direção e ao chegar perto, o saudou festivamente:

– Como vai, Seu tomé!?

Kidute se benzeu e, dando às costas ao desconhecido, avisou:

– Ele é mais feio do que eu.

 

11 – E agora lá se vão meus abraços para Adalberto Targino, Aldson Salgado, Zé da Lanchonete, Chico Lino, Aldo Lopes, Sérgio de Castro Pinto, 1berto de Almeida, José Nunes, Antonio David Diniz, Ortilo Antonio, Josinaldo Malaquias, Marden Góes, Teócrito Leal, Evandro Nóbrega, Agnaldo Almeida, Josemar Pontes, Arnaldo da Farmácia, Rubens Nóbrega e a Galega dos Zói de Gato de Soledade.

 

12 – Um grupo formado por dois proctologistas e um ginecologista paraibano foi participar de um congresso médico em Porto Alegre. O evento reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros e, no final, fez-se uma descoberta inusitada, transcrita de imediato para o relatório final do conclave.

Segundo a descoberta, o ânus (cu) é o órgão do corpo humano que melhor se adapta ao ato sexual, até mesmo pelos seus contornos arredondados, que permitem um encaixe perfeito com a circunferência do pênis (rola).

Uma médica que participou dos debates questionou os colegas, perguntando para que ficaria servindo a xoxota (priquito) a partir daquela descoberta.

Nosso representante da Paraíba, num rompante de rara inteligência, deu a solução:

-Para mijar e encaixar caroço de manga.

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