PORQUE HOJE É SÁBADO


1 – Admitindo, somente para discutir a matéria e contestar os juristas que prestaram assessoria ao jornalista Suetoni Souto Maior, que Ricardo Coutinho não reverta sua inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral nesse julgamento marcado para depois das eleições, terá que haver novas eleições para senador. Nada de tomar posse o segundo colocado, como Suetoni, com base no parecer dos seus juristas, afirmou de forma peremptória no conceituado blog que ele administra.

2 – A matéria está tratada e bem tratada na Lei, § 3º do artigo 224 do Código Eleitoral, que preceitua:

Art. 224…

3º – A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados.

3 – Inclusive para o caso específico de senador , em caso de vacância por questões eleitorais ( nulidade de votos ) o STF julgou o mérito da ADI 5619/DF onde o Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, julgou totalmente improcedente a ação direta de inconstitucionalidade do parágrafo 3º do artigo 224 do Codigo Eleitora e fixou tese nos seguintes termos: “

“É constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os cargos majoritários simples – isto é, Prefeitos de Municípios com menos de duzentos mil eleitores e Senadores da República – em casos de vacância por causas eleitorais.”

Esse caso foi julgado pelo plenário do STF em 8.3.2018.

4 – Suetoni tem que procurar novos consultores jurídicos entre aqueles que manjem, mesmo que superficialmente, de Direito Eleitoral. Fica a dica.

5 –E como estamos em tempos de zinleição, aliás amanhã, dia 2, é o dia de votarmos para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, vamos falar de campanhas eleitorais e de acontecidos nessas campanhas para descontrair o ambiente, que por sinal anda muito carregado.

6 – Comecemos por Chico Bocão, o famoso vereador de Patos. Ele foi visto imprensado no meio de uma multidão de professores grevistas, quando estes realizavam uma assembleia no Ginásio de Esportes do São Sebastião. Quem o viu espantou-se e perguntou se Chico tinha virado professor grevista. Bocão, fazendo segredo, chamou o interlocutor para perto e confidenciou:

– Virei não, homem. Estou aqui apenas como expectorante.

7 – O deputado Soares Madruga ouvia os prognósticos dos seus colegas sobre as eleições campinenses. Um jornalista perguntou quem, na sua opinião, ganharia em Campina Grande. Madruga olhou para o grupo, composto pelos candidatos Enivaldo Ribeiro, Juraci Palhano e Orlando Almeida, e respondeu:

– Quem tiver mais voto.

8 – Edvaldo Motta falava num comício no bairro de São Sebastião, em Patos, quando, tentando dar uma de honesto, num tom de muita seriedade, coisa que ele só possuía para consumo, disse:

– Engano a tudo, menos a minha consciência. Não! A minha consciência, não! Prefiro, antes, dar um tiro no ouvido a enganá-la…

Um gaiato, de lá do meio da multidão silenciosa, emendou:

– FOGOOOO!!!

9 – Uma noite, o popular Chico Bocão chegou na casa da mãe do deputado Edvaldo Motta e falou para dona Zefinha:

– Eu vou me candidatar a vereador, comadre.

– Por qual partido, compadre Chico?

– Pelo da benevolência.

Dadá, irmã de Edvaldo, presente, saiu da sua, e perguntou:

– E o que você vai fazer como vereador, Chico?

– Vou fazer o mesmo que Edvaldo faz: beber cana e conversar besteira.

10 – Ernani Sátyro era governador da Paraíba e ia receber um prefeito do interior. Advertido pelo chefe de gabinete de que era preciso ir direto ao assunto porque o governador era muito objetivo, o prefeito foi logo dizendo:

– Vim tratar de dois assuntos. Eu sei que o senhor é objetivo e prático.

O governador Ernani Sátyro o interrompeu:

– Muito bem, amigo velho, diga logo qual o segundo assunto.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Herbert Fitipaldi, Diego Lima, Mário Gomes Filho, Paloma Gondim, Tadeu Florêncio, Giovani Meireles, Manoel Lisboa, Abdias Abrantes, Cláudia Carvalho, Geordie Filho, Marco Ventura, Chico Pinto, Aldo Lopes, 1berto de Almeida, Maurilio Batista, Abrão Almério, Sebastião Gerbasi, Fernando Milanez, Milanez Neto,Alexis Cota, Milton Figueiredo, Josinaldo Malaquias, Ulisses Barbosa, Márcia Lucena e Rubens Nóbrega.

12 –Na campanha eleitoral de 72, Padre Levi realizou uma passeata de jumentos, que repercutiu no país inteiro por causa da cobertura da imprensa.

Ia na frente, comandando a passeata, usando uma batina preta, quando alguém gritou:

– Burra preta!

Levantando o braço direito, respondeu:

– Está entre as pernas da mãe, filho da

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