PORQUE HOJE É SÁBADO

1 – O deputado Walber Virgulino está fazendo troça com a gordura do governador João Azevedo, logo ele, um balofo assumido até dias recentes e que recorreu à bariátrica para tirar o excesso de banhas que lhe cobriam o abdome e o deixavam com cara de rei momo.

2 – Em postagem nas redes sociais, o delegado licenciado anuncia que “já tiramos o mago, agora vamos tirar o gordo”.

3 – Lula mostrou força em Recife, o mesmo Recife que negou quórum a Bolsonaro. O Nordeste se prepara para um plebiscito. De um lado, um nordestino que já governou e que pretende repetir o mesmo governo que fez, e do outro um carioca que em diversas ocasiões manifestou seu desprezo pelo povo nordestino.

4 – O Parque Parahyba 1, construído por Ricardo Coutinho, está carecendo de cuidados. O mato campeia e as calçadas por onde caminham os pedestres está cheia de bosta de cachorro.

5 – Mas deixemos para lá esse amontoado de coisas. Vamos “sirrir” como se dizia lá in nóis nos tempos de antigamente. E comecemos relembrando Gominho, o eterno vereador de Princesa. Ele acompanhava o governador Tarcisio Burity nas solenidades de inaugurações de obras de irrigação rural. Na hora dos discursos, ele, como sempre acontecia, foi convidado a falar em nome dos munícipes.

Gominho quebrou o chapéu na testa e fez o seguinte agradecimento:

– Governador Burity, o sertão está feliz com a irrigação. São as mulheres abrindo os “rêgos” e os homens enfiando os canos.

6 – Um jornalista de João Pessoa, muito conhecido, ia acompanhando o governador Maranhão num desses passeios de serviço, quando o chefe deu uma generosa topada.

O coleguinha, mais depressa do que rapidamente, chegou junto e se prontificou:

– Pode deixar, governador, que eu caio.

7 – Quando candidato a prefeito de uma cidadezinha do Vale do Piancó, Tadeu de Dona Zuleide participava de um comício no sítio que fora visitado na véspera pelo seu adversário, que na passagem distribuíra com a população areia, cimento e arame farpado.

Falando como um autêntico líder, Tadeu aconselhou os eleitores:

– Podem receber e comer o arame, o cimento e o barro. Mas no dia da eleição, acunhem em mim.

8 – O eterno deputado Pedro Medeiros exaltava, da tribuna da Assembleia, suas qualidades de homem nascido e criado no interior. E o fazia com essa frase que até hoje os jornalistas da bancada de imprensa fazem questão de recordar:

– Eu sou um homem matutino.

9 – Na favela Tabaca da Burra o candidato a vereador Uray, que se anunciava um liso de dinheiro, fazia promessas aos eleitores:

– Eu vou dar tijolo, telhas cimento, ferro e quando vocês tiverem com o quarto levantado, entro com a madeira.

10 – O Governo do Dr. Flávio Ribeiro estava chegando ao seu final e como acontece em todo final de Governo, desembarcou na mesa do governador uma penca de nomeações para cargos que seriam preenchidos com afilhados políticos do poder. Sentados, dirigindo a partilha, estavam Waldir dos Santos Lima, Egídio Madruga, Assis Camelo e o próprio governador.

Apareceu o primeiro cargo e Waldir foi logo dizendo:

– Esse aí Egídio comeu.

Veio o segundo e desta vez quem avisou foi Egídio:

– Quem comeu esse foi Waldir.

Chega o terceiro e, de imediato, o mesmo aviso:

– Esse quem comeu foi Assis.

Dr. Flávio, que a tudo assistia, calado, não se conteve e, após parar a discussão, indagou:

– E o governador, hein, não come ninguém não?

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Tenório Carvalho, Sebastião Gerbase, Políbio Alves, Hildeberto Barbosa, Zé Nunes, Gilvan de Brito, Alarico Correia Neto, Cláudio Gomes, Walter de Souza, José Amaro Pinheiro, Antônio Malvino, Maurilio Batista, Jorge Rezende, Zé Euflávio Horácio, Carlos César e Teócrito Leal.

12 – Cabo Assis Ventura, o conhecido “Brigadeiro”, bebia sua meiota num bar de Piancó quando Antônio Cartola, embriagado, começou a perturbar.

Assis, atendendo a um pedido o bodegueiro, deu voz de prisão a Cartola e levou-o para a cadeia. No caminho, Cartola ponderou:

– Assis, não me leve pela rua da frente porque meus amigos vão me ver e eu vou morrer de vergonha. Me leve pela lateral da igreja.

Aí Assis esbravejou:

– Você tá doido? Por onde você quer ir fica a venda de Seu Francisco, a quem tô devendo. Você vai é por aqui mesmo.

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