PORQUE HOJE É SÁBADO


1 – Acordar num sábado como esse tendo que pagar R$ 4,70 pela passagem de ônibus tira qualquer um do sério. Segundo pesquisa do Polêmica Paraíba, João Pessoa é a segunda passagem mais cara do país. Quase chegamos ao primeiro lugar, ao top dos top. E não me consta que sejamos um povo rico. Somos não. Tirando aquele povo que anda nos carrões comprados fiados e não pagos como diz Marcos Pires, o restante é pobre, lascado, mais liso do que bunda de neném. Pobre e sofredor, injustiçado, alvo da ingratidão dos poderosos.

2 – O fato mais importante da semana foi, sem dúvidas, o achado do rinoceronte na Praia da Capital. Se bem que o dito cujo parecia mais um peixe, mas como Mofi disse que era um rinoceronte, quem sou eu para dizer que não era? Era um rinoceronte e pronto. Meio bicudo e roliço e comprido, mas rinoceronte da gema. Mofi disse que era e não se fala mais nisso.

3 – Eu falei 64 mil, mas não são 64 mil e sim milhões que a Câmara de João Pessoa se dispõe a gastar no ano com combustíveis e aluguel de carros para os vereadores. Sem contar o aumento de R$ 9 milhões na folha de pagamento com o acréscimo de mais dois vereadores a partir desta legislatura. Reclamar? De jeito nenhum. Tá tudo muito bem, tudo muito ótimo demais.

4 – O jeito é se vingar comendo cuscuz com bode daqui a pouco ou na Feira da Torre, ou na Feira do Empreendedor do Zé Américo ou na barraca de Dona Francisca na Feira de Mangabeira. Em qualquer dos três está tudo de bom tamanho, sendo que a Torre anda meia estiada, descuidada, sem o brilho dos tempos gloriosos de Seu Zé.

5 – Tenho alguns amigos bolsonaristas e, como bolsonaristas, cegos. Eles vivem a atacar quem não reza na cartilha deles e a absolver as coisas erradas do ex-mito. Silenciaram, por exemplo, nesse caso da joia de R$ 16 milhões que Bolsonaro tentou trazer ilegalmente para a consorte num avião da FAB.

6 – Atenção, Zé Alan, peguei os doces de leite e as cocadas que você mandou para mim e para Chico Pinto. Fui muito bem recebido por Romero, seu filho. E tive a satisfação de rever Jonhsim, novinho em folha, com a mesma cara de menino de sempre. E mais importante: Fui entregar o de Chico na casa dele, no suntuoso prédio onde habita perto do Manaira Shopping. E, Zé, pasme, ele, Chico, me recebeu de pijama às 11 do dia. Um pijama frouxo que mal cobria os cambitos.

7 – Parece que vai ser um ano bom de inverno. As chuvas intensas, os trovões, os relâmpagos, tudo aponta para uma invernada boa. Tomara. O nordestino sofreu demais com a seca prolongada e merece um deforete.

8 – Passei ontem pelo Ponto de Cem Réis e não gostei do que vi. Pessoas dormindo no chão, bêbados espalhados pelos bancos tomando seus burrinhos de papuda, até um brechó abriram no local, sem contar a feira de frutas e similares que funciona a céu aberto. Sim, ia esquecendo, no meio da rua Duque de Caxias abriram um bar que serve cachaça com tira gosto de espetinho e caldo de fava.

9 – Passei no Sebo Cultural para ver um livro de Marcus Aranha sobre Anayde Beiriz. E quase caio de costas ao ficar sabendo que o exemplar custa R$ 250. “É uma raridade”, informou o balconista. Raridade cara, completei.

10 – Uma boa pedida para quem gosta do que é bom é visitar o “Mió do Sertão” na Praia do Bessa e experimentar seu cuscuz recheado com queijo e carne de charque. O café é de graça e servido na cuia grande. E na bodeguinha existente na entrada se encontra todo tipo de cachaça, de pimenta e de doces.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Zé Euflávio, Edson Weber, Carlos César Muniz, Agnaldo Almeida, Chico Pinto, Jackson Bandeira, José Pinheiro, Frutuoso Chaves, Alarico Correia Neto, Werneck Barreto, Antonio David Diniz, Josinaldo Malaquias, Ortilo Antonio, Luiz Carlos Nascimento, Kubi Pinheiro, Abelardinho Jurema, Edmilson e Miguel Lucena, Zé Duarte Lima, Aldo Lopes de Araújo, 1berto de Almeida, Hildeberto Barbosa, Ramalho Leite, Gonzaga Rodrigues, Nonato Guedes, Linaldo e Lenilson Guedes, Barrosinho e Zé Cláudio Pontes, Teócrito Leal, Antonio Malvino, Cícero Lima, Zé Cabral e Leila Oliveira.

12 – O Jornalista Toinho Vicente, de tantas saudades, tomou uma carraspana meio pesada e perdeu-se num beco sem saída existente no Mercado Central. Desnorteado, começou a fazer o caminho de volta quando avistou um bêbado caminhando em sua direção.

-Quem vem lá? – indagou o destemido piancoense. O outro respondeu:

-É a puta que o pariu!”

Então Toinho, fazendo pose respeitosa, estirou-lhe a mão e pediu:

-A benção, mamãe!

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